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Torda-mergulheira
Alca torda
Esta ave desenhada a preto e branco ostenta um bico largo, como se fossem duas
lâminas, riscado a branco, é frequente durante o Inverno em voos extremamente
velozes frente às nossas costas, muitas vezes em formação ordenada.
Identificação
Facilmente identificável pelo seu bico grosso traçado a branco, e pela combinação de
preto nas partes superiores, e branco desde o pescoço até à cauda. No entanto, o
característico bico só é visível a curta distância, pois esta é uma ave marinha de
pequena-média dimensão, e que, quando em voo e a grandes distâncias, é
confundível com o airo, e ou mesmo o papagaio-do-mar. Relativamente a este
último, distingue-se pelo maior tamanho e cabeça mais saliente, enquanto que,
relativamente ao airo, não apresenta projecção das patas para além da cauda, a
tonalidade é preta (ao contrário do airo, que é castanho muito escuro) e por não
possuir as coberturas infra-alares manchadas a escuro. Pode passar facilmente
despercebida quando pousada na água.

Onde observar
A torda-mergulheira pode ser vista ao longo da costa, de norte a sul do país, e
inclusive bem próximo da linha de costa e mesmo dentro de zonas portuárias.
Quando em saídas pelágicas, a espécie é comum ao largo da costa da metade
norte do país.
 | | Litoral centro – o canal entre Peniche e as Berlengas é o melhor local |
| | para a observação desta espécie a partir de terra. Outra zona de eleição para a observação da torda-mergulheira situa-se frente às praias entre Quiaios e a Torreira. Existem registos no interior do porto de Peniche, da lagoa de Óbidos e da ria de Aveiro, embora estas situações sejam raras.
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 | | Alentejo – embora pouco frequente nesta região, a sua presença pode |
| | ser detectada junto às praias de Tróia, bem como no interior do estuário do Sado, frente a esta península. A sua presença já foi registada no porto de Sines.
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 | | Algarve - em passagem migratória, pode ser observada junto ao cabo de |
| | São Vicente e em passagem pela Ponta da Atalaia. Também ocorre junto à Ria Formosa.
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Abundância e calendário
Quando observada a partir de terra, a torda-mergulheira é muitas vezes vista a
grandes distâncias dando a falsa sensação de se tratar de uma espécie rara. No
entanto, é mais comum do que aparenta. Ocorre entre nós como invernante,
podendo ser observada sobretudo entre Novembro e Março, mas é mais facilmente
observável durante a passagem migratória, que se dá entre Outubro e Novembro e
novamente entre finais de Março e Maio. Por vezes ocorre relativamente perto da
costa, podendo inclusive ser detectada nas águas protegidas pelos molhes dos
portos comerciais ou de abrigo.
Estatuto de conservação em Portugal:
Pouco preocupante
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