A sua cabeça verde e anel branco no pescoço (no caso dos machos), assim como a sua semelhança com algumas “formas” domésticas, torna-a na espécie mais facilmente identificável entre todas as espécies de patos.
Taxonomia
Ordem: Anseriformes
Família: Anatidae
Género: Anas
Espécie: Anas platyrhynchos Linnaeus, 1758
Subespécies: 2
Em Portugal ocorre a subespécie nominal.
Identificação
Os machos adultos têm a cabeça “verde-garrafa” e um anel branco no pescoço. O dorso e o ventre são acinzentados e o peito é castanho escuro. O espelho alar é azul e o bico é amarelo. As fêmeas tem um padrão de plumagem, em tons de castanho, sendo semelhante a outras espécies de patos de superfície. Porém,algumas características como o tamanho, espelho alar, ou cor do bico, podem ajudar a distinguir esta espécie das outras com alguma segurança. Os juvenis e os adultos em eclipse apresentam algumas semelhanças com as fêmeas. São ainda facilmente identificáveis, tanto em voo como pousados, devido às suas vocalizações, uns muito típicos quá-quá-quá ou quak-quak-quak.
Sons
Para ouvir a vocalização do pato-real, clique na seta abaixo!
Abundância e Calendário
Em Portugal o pato-real é sobretudo uma espécie residente, nidificando, entre Março e Julho, de norte a sul do país, sendo porém mais abundante nas principais bacias hidrográficas portuguesas e nas barragens e açudes a sul do rio Tejo. Ocupa praticamente todo o tipo de habitats aquáticos, desde lagoas costeiras, barragens, açudes e valas de rega até ribeiras, rios, pauis, arrozais, ETARs, parques urbanos, etc., preferindo essencialmente zonas de águas pouco profundas.
Mapas
Onde Observar
Potencialmente, em quase todas as zonas húmidas de Portugal. No entanto, pela abundância da espécie ou pela facilidade de acesso/observação, merecem destaque as seguintes:
Entre Douro e Minho – as lagoas de Bertiandos, a veiga de São Simão e o estuário do Douro. |
Trás-os-Montes – a barragem do rio Salas em Tourém (serra do Gerês) e a Veiga de Chaves. |
Litoral centro – a barrinha de Esmoriz; a Ria de Aveiro; Salreu; a pateira das Dunas de São Jacinto; a pateira de Fermentelos; os pauis do Baixo Mondego (por exemplo o paul da Madriz); o paul de Tornada; e as lagoas de Quiaios. |
Beira interior – as albufeiras de Santa Maria de Aguiar, da Marateca, da Toulica e de Vilar. |
Lisboa e Vale do Tejo – o paul do Boquilobo, o estuário do Tejo (um pouco por toda a reserva, mas especialmente nas salinas de Alverca e de Vasa-sacos, nos arrozais da Ponta da Erva e nas Marinhas da Saragoça), o paul da Barroca e a lagoa de Albufeira. |
Alentejo – o estuário do Sado (Zambujal, açudes da Sachola e Bem-Pais na Herdade do Pinheiro, arrozais de Monte Novo, Montevil e Carrasqueira); inúmeras barragens e açudes: albufeiras dos Fartos, Caldeira, Poço da Rua, Vale d’Arca, Monte Novo da Horta e Apariça; a lagoa dos Patos; as albufeiras do Caia, do Alqueva, de Odivelas e do Roxo; a lagoa de Santo André; a lagoa de Melides. |
Algarve – o sapal de Castro Marim; o Ludo; a Quinta do Lago; a foz do Almargem; o caniçal de Vilamoura; a lagoa dos Salgados; a ria de Alvor; as salinas de Odiáxere; o paul de Lagos; e a Boca do Rio. |
Saber Mais
Partilhamos aqui a gravação do episódio das “Conversas sobre aves” dedicado ao pato-real:
Documentação
Ficha do pato-real no Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal (edição 2005)
Ligações externas
- Porque são os machos de Pato-real mais coloridos que fêmeas?
- Devolução à Natureza de um pato-real
- Patos podem ajudar plantas a escapar ao aquecimento global
- Cinco ninhos para descobrir no Jardim Gulbenkian