Esta espécie pertence à Ordem Accipitriformes.

Apesar de ser uma espécie muito cobiçada pelos observadores de aves, encontrar esta águia de ombros e nuca branca não é fácil, pois trata-se da ave de rapina mais ameaçada da Europa, assim como uma das espécies mais sensíveis à perturbação provocada pelo Homem.

 

Taxonomia

Ordem: Accipitriformes
Família: Accipitridae
Género: Aquila
Espécie: Aquila adalberti Brehm CL, 1861
A espécie é monotípica.

Identificação

Tal como as restantes águias de grandes dimensões, a águia-imperial apresenta plumagens distintas consoante se trate de juvenil ou adulto. Nos estados mais jovens, a sua plumagem é dominada pelo castanho-ocre, com o bordo posterior das asas escuro, o uropígio branco e apresentando distintas “janelas” pálidas nas primárias internas como acontece com as águias-calçadas. A sua grande dimensão permite apenas confundir com o juvenil de águia-de-bonelli, embora este seja, ainda assim, notoriamente mais pequeno. Os adultos podem ser confundidos com os adultos de águia-real, especialmente se só forem observadas as partes inferiores. A melhor forma de distinguir a águia-imperial centra-se na coloração dos ombros e da nuca, que são visivelmente brancos, na cauda mais pálida e nas asas mais rectangulares. Por vezes é designada por águia-imperial-ibérica, para permitir a distinção da sua congénere mais oriental.

Abundância e Calendário

A águia-imperial é rara em Portugal e como nidificante tem uma distribuição restrita a certas zonas do interior centro e sul. Apenas a ocorrência de exemplares jovens na fase de dispersão, possivelmente oriundos de Espanha, pode alterar este padrão de distribuição, alargando assim a área de ocorrência. Sendo fundamentalmente residente, ocorre em Portugal durante todo o ano. No entanto, as águias-imperiais jovens são mais facilmente observáveis durante a fase de dispersão, que se dá entre os meses de Outubro e Fevereiro.

Onde Observar

Considerando a raridade desta espécie, as expectativas de a conseguir observar devem ser niveladas por baixo.

Beira interior – o melhor local é o Tejo Internacional.

 

Alentejo – a presença da águia-imperial é regular nas planícies de Castro Verde, podendo também ser vista na região de Barrancos.

 

Algarve – a presença desta águia é regular na zona do cabo de São Vicente durante o Outono, sendo observadas principalmente aves jovens e imaturas durante os seus movimentos dispersivos.

 

Saber Mais

Depois de várias décadas de ausência, a águia-imperial-ibérica voltou a estabelecer-se em Portugal como espécie nidificante e conta actualmente com algumas dezenas de casais. No webinário dedicado a esta espécie, cuja gravação aqui disponibilizamos, falámos em detalhe sobre a situação actual desta grande águia no nosso país.

 

 

 
Partilhamos igualmente o episódio do podcast A Viagem do Maçarico dedicado à águia-imperial.
 

 

Documentação

Ficha da águia-imperial no Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal (edição 2005)

Ficha da águia-imperial no Plano Sectorial da Rede Natura 2000

Ligações externas