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Pardela-de-barrete
Ardenna gravis
Apenas ocorre nas nossas águas durante um curto período do ano, após
empreender uma notável migração desde os mares do hemisfério sul. Esta pardela
com o seu barrete bastante visível, é a maior dentro do seu género. Pode ser
observada em bandos de grandes dimensões durante a migração, mas
normalmente é observada em pares ou pequenos grupos.
Identificação
Trata-se de uma pardela típica, de dimensão média-grande, com um característico
barrete preto e um colar branco que interrompe a plumagem escura que se estende
pelas partes superiores da ave. Por debaixo, apresenta uma tonalidade bastante
pálida. O seu voo é idêntico ao das restantes pardelas, executando grandes arcos
sem batimentos de asas em alturas de vento forte ou moderado. Quando o vento é
fraco ou nulo, voa rente à superfície do mar. Esta é uma espécie maior que as
restantes pardelas, apenas ultrapassada pela cagarra em dimensão. Ao contrário
desta, possui o bico escuro e mais fino.
Abundância e calendário
Pouco frequentemente observada, a pardela-de-barrete ocorre quase
exclusivamente durante a migração para sul em direcção às suas áreas de
reprodução. Este período decorre entre finais de Agosto e Outubro. Em períodos de
temporal, ou imediatamente a seguir a estes, podem aproximar-se da costa,
proporcionando observações de algumas centenas por hora, em passagem para
sul. No entanto, esta espécie é habitualmente rara.

Onde observar
As maiores probabilidades de observar esta espécie ocorrem durante a
execução de saídas pelágicas efectuadas durante o período de passagem
migratória.
 | | Litoral centro – nesta região situam-se alguns dos locais onde tem sido |
| | registada com maior regularidade, como é o caso do cabo Carvoeiro e na travessia Peniche-Berlengas.
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 | | Lisboa e Vale do Tejo – espécie registada com regularidade em |
| | passagem pelo cabo Raso.
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 | | Algarve – o melhor local de observação encontra-se no cabo de São |
| | Vicente, existindo também registos de passagem frente à ponta da Atalaia, perto de Aljezur.
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