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Bufo-pequeno
Asio otus
Identificação
O bufo-pequeno é do mesmo tamanho que a coruja-das-torres, sendo contudo
bastante mais escuro que esta espécie.
Os olhos cor-de-laranja e os pequenos tufos (vulgarmente designados "orelhas")
permitem identificá-lo facilmente e distingui-lo de outras rapinas nocturnas do
mesmo tamanho (a coruja-do-mato tem os olhos negros e não tem "orelhas", a
coruja-do-nabal tem os olhos amarelos).
As vocalizações também são características. O canto dos machos, pouco frequente,
parece um "bufar", enquanto que os sons emitidos pelas crias, audíveis a grande
distância, fazem lembrar um miar.
Abundância e calendário
Este bufo distribui-se de norte a sul do país mas ocorre geralmente em densidades
baixas. Está presente no país durante todo o ano.
Durante a época de nidificação, frequenta sobretudo zonas arborizadas com
clareiras e bosques abertos. No Inverno pode aparecer também em terrenos
agrícolas com poucas ou nenhumas árvores.

Onde observar
Sendo uma espécie de hábitos estritamente nocturnos e que é vocalmente
pouco activa, o bufo-pequeno é difícil de encontrar em qualquer local e não é
possível indicar sítios de ocorrência regular.
 | | Alentejo – Durante a época de reprodução tem sido detectado nalguns |
| | locais do interior alentejano, por exemplo nas zonas de Crato, Campo Maior e Arraiolos, geralmente em montados pouco densos. Também é conhecida a sua ocorrência em dunas litorais, como nas zonas de Mira ou de Alcácer do Sal. No Inverno aparece no sapal da Carrasqueira (estuário do Sado) e na zona de Castro Verde.
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 | | Algarve – Durante a passagem migratória outonal, o bufo-pequeno |
| | aparece por vezes na zona do cabo de São Vicente.
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Clique na seta para ouvir as vocalizações das crias de bufo-pequeno!
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Estatuto de conservação em Portugal:
Informação insuficiente
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De todas as rapinas nocturnas que ocorrem em Portugal, o bufo-pequeno é,
certamente, a mais difícil de observar. Apesar de não ser raro, o bufo-pequeno é
uma ave muito discreta e não se conhecem locais onde a sua ocorrência possa ser
considerada regular. Observar esta espécie constitui assim um verdadeiro desafio
para qualquer observador de aves.