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Abetouro
Botaurus stellaris
Extremamente difícil de observar, quer pelo extraordinário mimetismo que
apresenta, quer pela escassez da espécie. O canto desta espécie é um dos mais
incríveis sons produzidos na natureza.
Identificação
Eis uma garça robusta e de grandes dimensões, mas de patas mais curtas que a
garça-real e a garça-vermelha. O corpo é compacto, de tom castanho-amarelado e
pintalgado. Possui manchas pretas na cabeça e junto à base do bico. O pescoço, ao
contrário das duas espécies acima mencionadas, é robusto e mais largo. Esta é uma
espécie que se camufla na perfeição por entre a vegetação palustre, e por isso de
bastante difícil detecção. O som emitido durante a época de reprodução
assemelha-se ao som produzido por um touro, e daí o nome desta garça.
Abundância e calendário
O abetouro é raro no nosso território. Embora já tenha sido registada a nidificação
em Portugal, actualmente trata-se de uma espécie que apenas é observada
ocasionalmente, sobretudo fora da época de reprodução.

Onde observar
Não existem locais fiáveis para a observação do abetouro, pelo que se
apresenta um conjunto de locais onde existem observações documentadas
desta garça.
 | | Entre Douro e Minho – existem registos da sua ocorrência nas lagoas |
| | de Vila Franca.
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 | | Litoral centro – nos últimos anos tem sido observado com alguma |
| | frequência nos pauis do Baixo Mondego.
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 | | Lisboa e vale do Tejo – tem sido observado com regularidade nas |
| | lezírias da Ponta da Erva, particularmente nos arrozais de Alcamé e da Giganta, assim como na lagoa de Albufeira.
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 | | Alentejo – um dos poucos locais onde foi registada a nidificação do |
| | abetouro (em 1987) é o Açude da Murta. Também existem registos de observações no estuário do Sado e na lagoa de Santo André.
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Estatuto de conservação em Portugal:
Info. insuficiente (pop. residente) Criticamente em perigo (Inverno)
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