Esta espécie pertence à Ordem Caprimulgiformes.

Uma das mais misteriosas aves da nossa avifauna, faz ecoar o seu canto prolongado durante as noites, sendo incrivelmente mimética quando pousada no solo durante o dia.

Sabe quando chegam os primeiros noitibós-de-nuca-vermelha?
Veja as datas aqui.

 

Taxonomia

Ordem: Caprimulgiformes
Família: Caprimulgidae
Género: Caprimulgus
Espécie: Caprimulgus ruficollis Temminck, 1820
Subespécies: 2

A população portuguesa pertence à subespécie nominal.

Identificação

Raramente observado durante o dia, o noitibó-de-nuca-vermelha é uma ave com uma capacidade de se camuflar absolutamente notável. Mais facilmente reconhecido pelas vocalizações, pode ainda assim ser observado durante a noite nos seus voos de prospecção de insectos, que captura em voo. Trata-se de uma ave semelhante na silhueta ao gavião, embora os seus hábitos nocturnos e as janelas brancas na cauda e asas permitam de imediato separar as duas espécies. No entanto, a separação entre este noitibó e o noitibó-da-europa é bastante difícil, sendo necessária uma observação atenta quando a ave é surpreendida pousada. Neste caso, a observação dos lados da cabeça, garganta e nuca cor-de-ferrugem, permitem distinguir ambas as espécies. Para além deste facto, este noitibó é maior e mais corpulento que o seu parente, com asas mais largas, muito embora esta característica possa ser de pouca ajuda durante a noite.

Sons

Para ouvir a vocalização do noitibó-de-nuca-vermelha, clique na seta abaixo!

Abundância e Calendário

Embora comum na metade sul do território, pode parecer bastante raro pelas dificuldades de observação. Exclusivamente estival, este é um nidificante tardio, chegando ao nosso território a partir de meados ou finais de Abril, permanecendo até meados de Setembro. Ocorre sobretudo em zonas florestadas e bosquetes, especialmente aquelas zonas situadas nas proximidades de zonas abertas que procura para caçar. A sua área de distribuição abrange principalmente as zonas de influência mediterrânica, sendo por isso mais abundante na metade sul do país.

Mapas

Onde Observar

Este noitibó pode ser encontrado com mais facilidade nas chamadas zonas de influência mediterrânica.

 

Trás-os-Montes – embora seja raro nesta região, pode ser visto com alguma regularidade junto à cidade de Miranda do Douro.

 

Beira interior – o melhor zona para observar este noitibó é o Tejo Internacional.

 

Lisboa e Vale do Tejo – os melhores locais situam-se em Pancas (no estuário do Tejo) e nas zonas de Coruche e Chamusca, podendo também ser observado noutras manchas florestais espalhadas por esta região.

 

Alentejo – na parte litoral estes noitibós ocorrem sobretudo na Herdade do Pinheiro (estuário do Sado) e na serra de Grândola; mais para o interior, podem ser vistos em Arraiolos, nos montados de Cabeção, e nas zonas de Nisa e da albufeira da Póvoa.

 

Algarve – sem dúvida, os melhores locais para a observação do noitibó-de-nuca-vermelha em Portugal situam-se nesta região, nomeadamente no Ludo e na vizinha Quinta do Lago, na reserva de Castro Marim, na ria de Alvor, mas também na Serra do Caldeirão, na Mata do Barão de S. João e ainda na região de Alcoutim.

 

Saber Mais

Em Portugal ocorrem duas espécies de noitibós. Ambas são migradoras e embora sejam bastante parecidas há formas de as distinguir. Neste webinário falamos sobre as características das duas espécies e das diferenças entre elas.

 

 

Documentação

Ficha do noitibó-de-nuca-vermelha no Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal (edição 2005)
Ficha do noitibó-de-nuca-vermelha no Plano Sectorial da Rede Natura 2000

Ligações externas