Esta espécie pertence à Ordem Falconiformes.

À primeira vista, este pequeno falcão pode fazer lembrar um andorinhão gigante. O seu voo de caça mostra bem a agilidade desta pequena ave de presa.

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Taxonomia

Ordem: Falconiformes
Família: Falconidae
Género: Falco
Espécie: Falco subbuteo Linnaeus, 1758
Subespécies: 2

Em Portugal ocorre a subespécie nominal.

Identificação

Pequeno falcão, de tons escuros, cauda longa e asas longas e muito pontiagudas. As partes superiores das asas e do dorso são cor de ardósia, ao passo que as partes inferiores são claras. O peito é riscado e no ventre tem uma mancha avermelhada que apenas é visível a pequena distância. A face é branca apresentando um bigode preto, que faz lembrar o padrão do falcão-peregrino.

Sons

Para ouvir a vocalização da ógea, clique na seta abaixo!

Abundância e Calendário

A ógea é uma ave estival em Portugal, que pode ser vista desde finais de Abril até Setembro ou Outubro. Distribui-se de norte a sul do país, mas de uma forma geral é uma espécie pouco comum, que ocorre em densidades baixas. Frequenta meios florestais, o que dificulta a sua detecção e acentua a impressão de escassez.

Mapas

Onde Observar

Não é muito fácil observar este falcão, devido à sua relativa escassez e aos seus hábitos discretos.

Entre Douro e Minho – aparece ocasionalmente junto ao estuário do Minho, bem como na serra do Gerês, na serra de Arga e nas serras de Fafe.
Trás-os-Montes – muito escasso na região, tem sido registado com alguma regularidade no Douro Internacional, podendo também ser visto na zona de Chaves e na serra do Alvão.
Litoral centro –  observa-se por vezes na zona do Baixo Mondego (por exemplo junto ao paul da Madriz) e na serra de Aire. Também aparece na zona de Salreu (Estarreja) e no paul de Tornada.
Beira interior – a Beira Alta é talvez a melhor região do país para observar esta espécie, nomeadamente as zonas de Riba Côa, Sabugal e Celorico da Beira e ainda a albufeira de Vilar; mais para sul, pode por vezes ser observado nas Portas de Ródão.
Lisboa e Vale do Tejo – o paul do Boquilobo é um dos locais com maior número de registos desta espécie, que também aparece na zona de Tomar.
Alentejo – de uma forma geral é raro em todo o Alentejo, os locais onde tem sido observado com alguma regularidade, ainda que em números reduzidos, incluem a lagoa de Santo André e a zona de Castelo de Vide.
Algarve – ocorre principalmente durante a passagem migratória outonal, sendo o cabo de São Vicente o local onde é avistado com mais frequência.

Saber Mais

Se deseja saber como se distinguem as várias espécies de falcões, sugerimos que veja este pequeno tutorial sobre a identificação dos falcões que ocorrem no nosso país:

 

 

 

Documentação

Ficha da ógea no Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal (edição 2005)