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Narceja-comum
Gallinago gallinago
Familiar entre os observadores de aves que frequentam as zonas húmidas durante
o Outono/Inverno. Porém, é nos locais de reprodução que, por se exibir em
sonoras e espectaculares paradas aéreas, faz por merecer o epíteto de «Rainha dos
ares».
Identificação
De tamanho idêntico ao do melro-preto, porém, o seu bico, pescoço e patas
compridos definem-na de imediato como limícola. Na parte superior, o tom geral da
plumagem é escuro e ricamente estriado, numa variada gama de castanhos, sendo
a garganta, o abdómen e a parte inferior das asas brancos. O seu voo, irregular e
ziguezagueante é, geralmente, denunciado por um «tchuak» seco e tenso a fazer
lembrar uma bota da borracha a sair da lama.

Onde observar
Ocorre sobretudo nos vales dos grandes estuários e rias, assim como em várzeas com restolho de
arroz e milho, e pequenos sistemas lagunares e albufeiras.
 | | Entre Douro e Minho – embora pouco abundante, pode ser encontrada no estuário do |
| | Cávado.
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 | | Trás-os-Montes – o único local de reprodução regular no nosso país encontra-se nesta |
| | região, mais concretamente nos planaltos da vertente oriental da serra do Gerês.
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 | | Litoral centro – a ria de Aveiro e os pauis e arrozais do baixo Mondego (como o paul da |
| | Madriz) são os melhores locais nesta região para encontrar a narceja-comum. Também pode ser vista na lagoa de Óbidos, nomeadamente no sector mais oriental.
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 | | Beira interior – trata-se de uma espécie rara nesta região, existindo registos na albufeira |
| | de Idanha e nas margens do Pônsul.
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Clique na seta para ouvir as vocalizações da narceja-comum!
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Abundância e calendário
É uma invernante comum, ocorrendo de norte a sul, potencialmente em todas as
zonas húmidas, apresentando preferência por arrozais, pauis, terrenos alagados e
lameiros. Ocorre sobretudo entre Setembro e início de Abril. Outrora, embora
localizada, era uma nidificante relativamente abundante, estendendo-se a sua área
de distribuição desde a zona leste do Gerês até à Veiga de Chaves. Actualmente
apenas existe uma pequena população reprodutora no Planalto da Mourela e em
alguns lameiros da zona de Montalegre.
Estatuto de conservação em Portugal:
Criticamente em perigo (resid.) Pouco preocupante (invernada) Informação insuficiente (Açores)
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