Esta espécie pertence à Ordem Passeriformes.

Esta cotovia representa uma dor de cabeça para muitos observadores, devido à dificuldade em distingui-la da cotovia-de-poupa.

 

Taxonomia

Ordem: Passeriformes
Família: Alaudidae
Género: Galerida
Espécie: Galerida theklae Brehm AE, 1857
Subespécies: 12

Em Portugal ocorre a subespécie nominal.

Identificação

Tal como as outras cotovias que ocorrem em Portugal, caracteriza-se pela plumagem castanha, apresentando riscas verticais escuras no peito. A pequena poupa que ostenta no alto da cabeça permite distingui-la de todas as outras espécies, excepto da muito parecida cotovia-de-poupa. Relativamente a esta última espécie, identifica-se pela plumagem mais escura, pela mandíbula inferior convexa e pelo peito mais fortemente marcado.

Sons

Para ouvir a vocalização da cotovia-montesina, clique na seta abaixo!

Abundância e Calendário

A cotovia-montesina é bastante comum, mas a sua abundância passa por vezes despercebida devido às dificuldades de identificação; é particularmente comum na metade interior do território, onde o habitat lhe é mais favorável e por vezes podem ser vistos pequenos bandos desta espécie. Esta cotovia é residente e observa-se em Portugal durante todo o ano.

Mapas

Onde Observar

Os terrenos incultos e pedregosos são os locais mais apreciados pelas cotovias-montesinas.

 

Trás-os-Montes – o Douro Internacional é a melhor zona para observar esta cotovia, que pode ser vista por exemplo em Miranda do Douro.

 

Beira interior – observa-se na zona de Vilar Formoso e no Tejo Internacional (neste último local é particularmente comum). Também   ocorre junto à albufeira de Vilar e em Celorico da Beira.

 

Alentejo – distribui-se pela maior parte da região; na zona costeira pode ser vista nas dunas do estuário do Sado, da lagoa de Santo André e da ribeira de Moinhos; no entanto, é no interior que a espécie é mais comum: no norte alentejano observa-se facilmente na zona de Nisa, na barragem da Póvoa, e na Beirã (Marvão); mais para sul, ocorre na zona de Mourão, nas planícies de Castro Verde e na região de Mértola.

 

Algarve – pode ser vista com relativa facilidade junto ao cabo de São Vicente, ocorrendo também noutros locais da parte ocidental do Algarve, nomeadamente na Carrapateira e na Boca do Rio.

 

Saber Mais

A identificação de cotovias e calhandras constitui, muitas vezes, um desafio, pois as espécies deste grupo têm muitas parecenças entre si. No webinário “Identificação de cotovias e calhandras”, cuja gravação aqui partilhamos, descrevem-se as principais características que ajudam a distinguir as várias espécies.

 

 

 

Documentação

Ficha da cotovia-montesina no Plano Sectorial da Rede Natura 2000