Esta espécie pertence à Ordem Charadriiformes.

Eis uma limícola de formas e cores pouco habituais, com vocalizações semelhantes a risos de pessoas. Trata-se de uma ave bastante peculiar nos hábitos e formas.

Sabe quando chegam as primeiras perdizes-do-mar?
Veja as datas aqui.

 

Taxonomia

Ordem: Charadriiformes
Família: Glareolidae
Género: Glareola
Espécie: Glareola pratincola (Linnaeus, 1766)
Subespécies: 2

Em Portugal ocorre a subespécie nominal.

Identificação

O nome desta espécie engana bastante, pois assemelha-se mais a uma andorinha-do-mar que a uma perdiz e além disso não vive no mar. Quando em voo, apresenta a barriga branca, o peito e a garganta escuros, as asas pontiagudas e escuras, sendo contudo vermelhas na face inferior, e a cauda bifurcada. O uropigio é branco. Quando está pousada, é bastante visível o bico curto com tons vermelhos e a ponta preta, a garganta amarela orlada por uma lista preta, os olhos grandes e escuros, o dorso castanho e a barriga amarelada. As primárias são pretas, bastante contrastantes com o resto da parte superior das asas.

Sons

Para ouvir a vocalização da perdiz-do-mar, clique na seta abaixo!

Abundância e calendário

Esta é uma limícola estival, de distribuição localizada e de uma forma geral pouco comum. Encontra-se entre nós de finais de Março até princípios de Setembro, sobretudo perto de zonas húmidas situadas no meio de zonas abertas e amplas, nomeadamente albufeiras, salinas e lezírias. Por vezes também ocorre em arrozais.

Mapas

Onde Observar

Ocorre exclusivamente a sul do Tejo, sendo muito rara a sua presença a norte deste rio.

 

Lisboa e Vale do Tejo – observa-se quase exclusivamente nos arrozais da Giganta (lezírias da Ponta da Erva), embora por vezes apareça noutros locais, como por exemplo as salinas de Alverca.

 

Alentejo – distribui-se, de forma descontínua, um pouco por toda a região e pode ser vista com regularidade nas planícies de Castro Verde, na planície de Évora, na barragem do Alqueva, na barragem do Caia, na região de Elvas, na albufeira de Odivelas, na albufeira do Monte da Rocha e na lagoa dos Patos. Também já tem sido observada na zona de Mourão. É rara fora dos seus locais habituais de ocorrência.

 

Algarve – o melhor local para observar esta espécie e na reserva de Castro Marim. Por vezes ocorre na ria de Alvor, durante a passagem migratória.

 

Saber Mais

A perdiz-do-mar tem um nome enganador: não é uma perdiz e não anda no mar. Mas então… qual será a origem deste curioso nome? Veja a gravação do webinário que fizemos sobre esta espécie e descubra a resposta! Ficará também a conhecer melhor a situação desta espécie no nosso país.

 

 

Documentação

Ficha da perdiz-do-mar no Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal (edição 2005)

Ficha da perdiz-do-mar no Plano Sectorial da Rede Natura 2000