Esta espécie pertence à Ordem Charadriiformes.

Quando em plumagem nupcial, os adultos exibem um bico amarelo traçado de preto, e um verde nas patas, que permitem distingui-los facilmente das restantes gaivotas. Os imaturos são menos fáceis de identificar. Esta gaivota é a espécie de origem americana com maiores probabilidades de ser observada no nosso território.

Taxonomia

Ordem: Charadriiformes
Família: Laridae
Género: Larus
Espécie: Larus delawarensis Ord, 1815
A espécie é monotípica.

Identificação

Tal como acontece com outras gaivotas, esta espécie representa um desafio em termos de identificação. Como é habitual neste grupo taxonómico, estas aves são mais facilmente distinguíveis das restantes espécies quando em plumagem de adulto. Em concreto, esta gaivota ostenta um bico amarelo riscado transversalmente a preto, patas amarelas-esverdeadas, olho claro e dorso de um cinzento muito pálido. Paralelamente, a sua dimensão situa-a entre a gaivota-argêntea e o guincho-comum. Já os juvenis podem ser semelhantes aos da gaivota-parda, distinguindo-se pelo bico bicolor, maior dimensão, pelo dorso mais pálido e pelas terciárias com menor quantidade de branco.

Abundância e Calendário

Talvez a característica mais interessante desta espécie não esteja relacionada com a sua morfologia, mas sim com o facto de se tratar de uma gaivota que tem a sua área de distribuição no continente americano, e que ocorre regularmente na Europa, nomeadamente em Portugal. A sua ocorrência dá-se sobretudo durante o Inverno, especialmente entre Novembro e Fevereiro. Encontra-se com mais frequência em praias, que constituem refúgio das intempéries, bem como em portos de pesca e nas fozes de ribeiras junto ao mar.

Mapas

Onde Observar

De acordo com as observações que vêem sendo publicadas, esta espécie ocorre sobretudo em praias e zonas portuárias, sendo avistada, habitualmente, integrada em grupos com outras espécies de gaivotas.

 

Entre Douro e Minho – o melhor local para a procura desta espécie situa-se no Cabedelo (estuário do Douro). Existem também registos para o Parque da Cidade e o estuário do Cávado.

 

Litoral centro – nesta região encontram-se alguns dos melhores locais para a observação desta gaivota. Exemplo disso é o porto de Peniche, a baía de São Martinho do Porto e a lagoa de Óbidos. Para além destes locais, tem sido registada com regularidade em São Jacinto e na Barrinha de Mira.

 

Lisboa e vale do Tejo – a costa do Estoril é o local onde têm sido publicados mais registos desta gaivota americana. Também no cabo Raso tem sido observada com alguma frequência, assim como no sapal de Corroios e na baía do Seixal. Mais escassamente tem ocorrido na lagoa de Albufeira e no estuário do Tejo, nomeadamente em Vasa-Sacos (Pancas).

 

Alentejo – esta espécie é observada com alguma regularidade no estuário do Mira e na lagoa de Santo André. Mais raramente regista-se no estuário do Sado.

 

Algarve – esta é a região com menor número de observações, tendo já sido registada a sua presença em locais como o porto de Sagres, a ria de Alvor e a lagoa dos Salgados.

Ligações externas