Esta espécie pertence à Ordem Passeriformes.

Nas noites de Primavera, o canto interminável do rouxinol faz-se ouvir durante toda a noite.

Sabe quando chegam os primeiros rouxinóis-comuns?
Veja as datas aqui.

 

Taxonomia

Ordem: Passeriformes
Família: Muscicapidae
Género: Luscinia
Espécie: Luscinia megarhynchos CL Brehm, 1831
Subespécies: 3

Em Portugal ocorre a subespécie nominal.

Identificação

Castanho e algo incaracterístico, o rouxinol-comum não é uma ave muito fácil de identificar visualmente. A longa cauda arruivada, visível sobretudo em voo, contrasta com os tons acastanhados do dorso. É sobretudo pelo canto que o rouxinol-comum se faz notar e pode ser identificado. Este canto é muito variado, contendo diferentes sequências de notas. Uma das mais características é o “tu-tu-tu-tu-tu” em crescendo.

Sons

Para ouvir a vocalização do rouxinol-comum, clique na seta abaixo!

Abundância e Calendário

O rouxinol-comum é bastante frequente em Portugal, mas a sua abundância apresenta importantes variações a nível regional. Assim, no litoral norte e centro é escasso, mas no interior norte e centro é muito abundante, tal como no litoral sul e em certas zonas do Algarve. Esta espécie esconde-se geralmente no meio de vegetação densa e raramente pousa à vista. No norte frequenta todo o tipo de matagais, ao passo que no Alentejo ocorre principalmente ao longo de rios e ribeiras, onde a vegetação é mais densa. O rouxinol-comum é estival, fazendo ouvir o seu canto a partir de finais de Março ou princípios de Abril. Em Junho começa a calar-se e em Agosto abala rumo a África.

Mapas

Onde Observar

Pode ser visto e ouvido de norte a sul do país, sendo particularmente comum nas regiões do interior.

 

Entre Douro e Minho – muito escasso nesta região, ocorre em números reduzidos na serra da Peneda.

 

Trás-os-Montes – o rouxinol-comum é muito numeroso em Trás-os-Montes, sendo frequente nas serras da Coroa e de Montesinho, bem como na região de Miranda do Douro.

 

Litoral centro – pouco abundante nesta região, observa-se com mais facilidade na serra dos Candeeiros e também na serra de Sicó, mas também pode ser visto em certos locais junto à costa, como a lagoa de Óbidos.

 

Beira interior – o rouxinol-comum é abundante nesta região; alguns dos locais onde é mais fácil de encontrar incluem as zonas de Celorico da Beira e Sabugal. Também ocorre na serra da Gardunha, no Tejo Internacional e junto às albufeiras da Marateca e de Santa Maria de Aguiar.

 

Lisboa e vale do Tejo – bem distribuído mas pouco abundante; os melhores locais de observação situam-se na zona de Coruche, na região de Tomar, no estuário do Tejo (zona de Pancas) e na serra da Arrábida; durante as passagens o rouxinol-comum também ocorre no cabo Espichel.

 

Alentejo – comum e bem distribuído, sobretudo ao longo de linhas de água; no norte alentejano está presente nas zonas de Castelo de Vide, Marvão e Elvas; ocorre também nas zonas de Montargil e da Ribeira do Divor; mais para sul ocorre no estuário do Sado, na serra de Grândola e na zona da barragem de Odivelas.  Nas zonas mais áridas do interior alentejano é mais escasso, podendo ser visto localmente junto à albufeira de Alqueva e na região de Barrancos.

 

Algarve – na época de reprodução ocorre principalmente no interior (serras de Espinhaço de Cão, de Monchique e do Caldeirão), mas localmente também pode ser ouvido junto à faixa costeira, nomeadamente no planalto do Rogil, na Carrapateira e no Parque Ambiental de Vilamoura; na passagem migratória ocorre noutros locais junto à costa (por exemplo no cabo de São Vicente e na ria de Alvor).

 

Saber Mais

Não deixe de ouvir o episódio das “conversas sobre aves” dedicado ao rouxinol-comum, no qual falamos do seu canto, que se pode ouvir dia e noite, dos movimentos migratórios e da alimentação destas aves.

 

 

Ligações externas