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Narceja-galega
Lymnocryptes minimus
Embora não seja uma raridade, é uma das espécies que mais tardiamente entra na
lista dos observadores de aves, devido aos terrenos que frequenta e aos seus
hábitos particularmente furtivos.


Identificação
É uma limícola pequena e muito difícil de observar, pois possui um mimetismo que a
torna “invisível”, mesmo para o mais treinado dos olhares. Embora se assemelhe à
narceja-comum é muito mais pequena (cerca de metade do tamanho); o padrão da
plumagem, em tons de castanho, é semelhante ao das outras narcejas,
apresentando porém, no dorso, reflexos de verde-arroxeado; tem um bico e patas
mais curtos, um voo mais lento (por vezes «borboleante»), levantando a poucos
metros de distância do intruso. Além do mais é silenciosa e, quase sempre, pousa
«à vista» do observador, a 100-200 metros de distância no máximo.
Abundância e calendário
No nosso país é uma espécie invernante, chegando as primeiras aves a partir de
Outubro e podendo ser observadas entre nós até final de Março/início de Abril.
Frequenta os mesmos habitats da narceja-comum, tendo, no entanto, uma nítida
preferência por arrozais e zonas de paul. Ocorre de norte a sul, sobretudo nas
zonas húmidas do litoral, sempre em número escasso, desde que encontre zonas
alagadiças favoráveis e onde o nível de água não seja muito alto. No interior, a
norte do Tejo, a sua ocorrência é muito rara.
Onde observar
Os arrozais e os terrenos alagados são os melhores locais para procurar esta
pequena narceja.
 | | Litoral centro – Os melhores locais para encontrar esta espécie situam- |
| | se na ria de Aveiro (particularmente a zona de Salreu), assim como nos arrozais e pauis da bacia do Mondego (Quinta do Canal, Bizorreiro de Lavos, Foja).
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 | | Lisboa e vale do Tejo – pode ser observada em bons números no |
| | estuário do Tejo, nomeadamente nos arrozais da Ponta da Erva e nos juncais das Marinhas da Saragoça, bem como nas zonas envolventes de Samora Correia, Benavente, Salvaterra de Magos e paul da Barroca.
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 | | Alentejo – na bacia do Sado pode ser vista nas várzeas de Alcácer do |
| | Sal, Santa Catarina, Rio de Moinhos, Moinho da Ordem, Comporta e Alvalade e, junto ao estuário do Sado, nos arrozais do Zambujal, Monte Novo, Terça, Batalha e Carrasqueira.
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Estatuto de conservação em Portugal:
Informação insuficiente
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