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Ganso-patola ou Alcatraz
Morus bassanus
Esta é a maior ave marinha que ocorre habitualmente em águas portuguesas. Os
seus mergulhos espantosos, efectuados de grande altura, entrando na água como
um fuso e com grande impacto, parecem flechas apontadas e disparadas e são um
espectáculo a não perder.
Identificação
Esta enorme ave marinha (a maior das nossas águas) é inconfundível. Asas
compridas e estreitas, cabeça amarelada, bico comprido e pontiagudo e padrão
preto na ponta das asas e branco no resto do corpo, bem como a cabeça e o
pescoço projectados bem para a frente, permitem uma distinção rápida das outras
espécies marinhas. Do juvenil ao adulto (esta é a plumagem descrita acima) corre
um gradiente de plumagens que vai desde o castanho pintalgado, passando pelo
clareamento dos ombros, cabeça e abdomén, até à plumagem maioritariamente
branca dos adultos. Quando em migração, voa em formação linear de dois a
algumas dezenas de indivíduos, sendo normalmente de 4 a 5 exemplares.
Abundância e calendário
O ganso-patola é abundante ao longo de toda a costa portuguesa, sendo
facilmente detectado a partir de terra. Pode ocorrer durante todo o ano, sendo as
melhores épocas de observação os picos de passagem migratória em Outubro e
Março. Parece ser igualmente abundante a norte e a sul, ocorrendo por vezes muito
próximo da costa.

Onde observar
Para além de ser uma das aves marinhas mais comuns na nossa costa, é
também das que se pode avistar em todos os pontos do litoral português.
 | | Litoral Centro – trata-se de uma ave comum nesta região, podendo ser |
| | observada junto ao cabo Carvoeiro, Berlengas, praia do Furadouro, cabo Mondego e barra de Aveiro.
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 | | Lisboa e Vale do Tejo – espécie comum frente aos cabos Raso e |
| | Espichel, podendo também ser observada ao largo da lagoa de Albufeira.; por vezes alguns indivíduos aproximam-se da embocadura do Tejo e podem ser vistos a voar em frente às praias da costa do Estoril.
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 | | Alentejo – esta ave pode ser facilmente avistada a partir do cabo Sardão |
| | e do cabo de Sines, onde ocorre com regularidade, mas também se observa noutros pontos da costa, como por exemplo junto à foz da ribeira de Moinhos.
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 | | Algarve – os melhores locais de observação são o cabo de São Vicente e |
| | a ponta da Piedade, onde o ganso-patola é comum. A espécie também pode ser vista frente a outros locais proeminentes da costa, como o cabo de Santa Maria (ria Formosa), a ponta da Atalaia (Aljezur) e a Carrapateira.
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Estatuto de conservação em Portugal:
Pouco preocupante
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