Esta espécie pertence à Ordem Passeriformes.

Esta alvéola é uma presença característica das ribeiras de curso rápido, sendo uma das primeiras aves que se observa junto à água a partir de uma pequena ponte.

 

Taxonomia

Ordem: Passeriformes
Família: Motacillidae
Género: Motacilla
Espécie: Motacilla cinerea Tunstall, 1771
Subespécies: 3

Em Portugal ocorre a subespécie nominal no continente e as subespécies M. f. schmitzi e M. f. patriciae na Madeira e nos Açores, respectivamente.

Identificação

O ventre amarelo e a cauda longa são as características mais visíveis desta alvéola. O macho tem a garganta preta. Por vezes é confundida com a alvéola-amarela, distinguindo-se desta espécie pela cauda mais longa e pelas diferentes vocalizações.

Sons

Para ouvir a vocalização da alvéola-cinzenta, clique na seta abaixo!

Abundância e Calendário

Embora raramente seja numerosa, a alvéola-cinzenta distribui-se por todo o território. Frequenta zonas de água límpida e corrente, como ribeiros de montanha, pequenos diques ou represas. Por vezes também frequenta canais de rega. É uma espécie residente no norte e no centro e invernante em certas zonas do sul.

Mapas

Onde Observar

As ribeiras de água corrente são os melhores locais para procurar a alvéola-cinzenta.

Entre Douro e Minho – pode ser vista na serra da Peneda e na vertente minhota da serra do Gerês.

 

Trás-os-Montes – a serra do Gerês é um bom local para ver esta alvéola, que também ocorre em Pedras Salgadas e na serra do Alvão.

 

Litoral centro – nidifica no rio Arunca, junto a Pombal, onde é fácil de observar; no Inverno surge nas zonas húmidas costeiras, como por exemplo a lagoa de Óbidos e também no porto de Peniche.

 

Beira interior – bastante comum em zonas serranas, podendo ser vista com facilidade na serra da Estrela; outros locais onde ocorre incluem o rio Mondego em Celorico da Beira, a albufeira de Vilar, a serra de Montemuro e o planalto de Riba Côa.

 

Lisboa e vale do Tejo – observa-se regularmente na cidade de Tomar e no paul do Boquilobo; pode também ser vista na cidade de Lisboa, na zona de Cheleiros e na serra da Arrábida. Localmente observa-se na serra de Sintra.

 

Alentejo – durante a época reprodutora observa-se com relativa facilidade no norte alentejano, como por exemplo nas zonas de Nisa, Castelo de Vide, Marvão e junto à barragem da Póvoa; também se observa em Montargil e no rio Guadiana, junto a Elvas; no Inverno aparece no estuário do Sado.

 

Algarve – a serra de Monchique é um bom local para ver esta alvéola na Primavera; nas serras de Espinhaço de Cão e do Caldeirão a espécie também ocorre mas é mais escassa. No Outono e no Inverno aparece em zonas costeiras, como a ria de Alvor e a Quinta do Lago.

 

Saber Mais

A alvéola-cinzenta tem uma distribuição alargada no nosso país: ocorre não apenas no território continental, mas também nos arquipélagos dos Açores e da Madeira. Aprecia margens de cursos de água límpida. Daí o título do nosso webinário: Alvéola-cinzenta, a ave dos ribeiros e das ilhas. Descubra mais sobre esta espécie clicando na seta vermelha!

 

 

 

Sugerimos igualmente este pequeno tutorial no qual passamos em revista os principais critérios de identificação de alvéolas.

 

 

 

Partilhamos também a gravação da “conversa sobre aves” dedicada a esta espécie. Falamos primeiro do estatuto migratório em Portugal Continental, assim como da distribuição e do habitat. Abordamos igualmente a distribuição no resto do mundo, sem esquecer os Açores e a Madeira. No final deixamos algumas notas sobre a forma de distinguir esta alvéola das suas congéneres amarela e citrina.

 

Ligações externas