Esta espécie pertence à Ordem Charadriiformes.

Uma das maiores limícolas da nossa avifauna, o maçarico-galego caracteriza-se por estar constantemente em busca de alimento entre os lodos ou nos rochedos.

 

Taxonomia

Ordem: Charadriiformes
Família: Scolopacidae
Género: Numenius
Espécie: Numenius phaeopus (Linnaeus, 1758)
Subespécies: 5

Em Portugal ocorre a subespécie nominal.

Identificação

Um pouco mais pequeno que o maçarico-real, ao qual se assemelha no aspecto geral. A plumagem é acastanhada, o bico é comprido e recurvado para baixo. A coroa tem duas grandes riscas escuras, sendo esta uma característica que permite distingui-lo do seu congénere.

Abundância e Calendário

O maçarico-galego é principalmente um migrador de passagem, que pode ser visto ao longo de todo o litoral durante os meses de Abril e Maio e novamente em Setembro e Outubro. A sua abundância é muito variável, podendo ocasionalmente ser vistos bandos de algumas centenas de migradores. Adicionalmente, existe uma pequena população invernante, que se distribui de forma esparsa pelas zonas costeiras do sul do país. No Inverno frequenta praias com zonas rochosas (excepto no Algarve onde também ocorre em zonas de vasa), mas durante as migrações é mais ecléctico e pode ser visto em estuários, lagoas e até em pastagens. É muito raro no interior do território.

Mapas

Onde Observar

Sendo uma espécie de hábitos muito costeiros, é no litoral que o maçarico-galego é mais fácil de encontrar.

 

Entre Douro e Minho – pode ser visto nas zonas húmidas costeiras, como os estuários do Minho, do Cávado e do Douro.

 

Litoral Centro –  é regular na ria de Aveiro (incluindo a zona de Salreu), no estuário do Mondego e na lagoa de Óbidos.

 

Lisboa e Vale do Tejo – frequenta as zonas de costa rochosa e pode ser observado junto ao cabo Raso, na costa do Estoril e na zona da Ericeira; durante as passagens aparece também no estuário do Tejo (por exemplo no sítio das Hortas e também em Corroios).

 

Alentejo – observa-se habitualmente no estuário do Sado e na costa rochosa a sul de Sines, passando pelo estuário do Mira, até Odeceixe; durante as passagens ocorre igualmente na lagoa de Santo André.

 

Algarve – é frequente na ria Formosa, na ria de Alvor e no sapal de Castro Marim. Também se observa por vezes em Sagres, na Carrapateira, no paul de Lagos, nas salinas de Odiáxere, na lagoa dos Salgados e na lagoa das Dunas Douradas.

 

Saber Mais

Se desejar saber mais acerca do maçarico-galego e das outras espécies de “grandes maçaricos” (géneros Limosa e Numenius) sugerimos que veja a gravação do webinário que fizemos sobre este tema em Fevereiro de 2023. Para o efeito, basta clicar na seta abaixo:

 

 

 

Documentação

Ficha do maçarico-galego no Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal (edição 2005)

Ligações externas