Apenas a proximidade permite observar a coloração existente nas patas desta pequena ave marinha. Podem aglomerar-se em grandes concentrações, sobretudo na passagem migratória.

Taxonomia

Ordem: Procellariiformes
Família: Oceanitidae
Género: Oceanites
Espécie: Oceanites oceanicus (Kuhl, 1820)
Subespécies: 3

Em Portugal deverão ocorrer as subespécies nominal e O. o. exasperatus.

Identificação

Englobado no grupo das aves marinhas de pequenas dimensões, tal como os restantes painhos, esta é também uma espécie de difícil observação a partir de terra. Diferencia-se dos restantes Hydrobatidae (o grupo taxonómico que engloba todos os painhos que ocorrem nas nossas águas) pela projecção das patas para além da cauda. Caso a observação seja feita de bastante perto, o que só deverá ser possível em saídas pelágicas, é possível verificar os tons de amarelo existentes nas membranas interdigitais, e que é outras das características desta espécie. Paralelamente, as menores dimensões relativamente ao roquinho e ao painho-de-cauda-forcada excluem estas duas espécies e fazem reduzir o leque de hipóteses apenas para dois: o painho-casquilho e o painho-de-cauda-quadrada (confrontar com este último). Aquando do período de migração, o painho-casquilho pode ser observado em bandos de dimensões apreciáveis, por vezes mesmo na casa das centenas. Este painho acorre frequentemente a embarcações de pesca que estejam em actividade.

Abundância e Calendário

Como dito acima, podem ser observados em grande número, mas estas são situações pontuais e raras. Embora o painho-casquilho seja comum na época de passagem outonal, entre Agosto e finais de Outubro, raramente se aproxima de terra.

Onde Observar

Tal como no caso de muitas outras aves marinhas, a melhor forma de observar o painho-casquilho é recorrendo a saídas pelágicas, sendo bastante raras as observações feitas a partir de terra.

 

Litoral centro – existem registos desta espécie feitos a partir das Berlengas e do cabo Carvoeiro. Também já foi detectada a partir da praia do Furadouro.

 

Lisboa e Vale do Tejo – as maiores probabilidades de observação centram-se no cabo Raso.

 

Algarve – nesta região já foi detectada frente ao cabo de São Vicente e à ponta da Atalaia-Aljezur.

 

Documentação

 Atlas das Aves Marinhas – Oceanites oceanicus

Ligações externas