Esta espécie pertence à Ordem Phoenicopteriformes.

Uma das mais emblemáticas aves selvagens que ocorrem em Portugal, o flamingo pode hoje em dia ser observado com relativa facilidade, mesmo às portas de Lisboa. O “lençol” rosado formado pelos grandes bandos de flamingos que se alimentam num estuário constitui uma imagem única.

Estatuto de ameaça em Portugal:
Region. extinto (pop. residente) Vulnerável (invernada)

Taxonomia

Ordem: Phoenicopteriformes
Família: Phoenicopteridae
Género: Phoenicopterus
Espécie: Phoenicopterus roseus Pallas, 1811
A espécie é monotípica.

Identificação

Enorme, rosado, com longas patas e com um bico espesso, o flamingo é uma ave inconfundível e pode ser reconhecido a grande distância.

Sons

Para ouvir a vocalização do flamingo, clique na seta abaixo!

Abundância e Calendário

No passado o flamingo era muito raro em Portugal, mas desde o final da década de 1980 a presença de grandes bandos de flamingos passou a ser habitual nas principais zonas húmidas portuguesas, não sendo raro observar concentrações de muitas centenas de indivíduos. Embora não nidifique habitualmente no nosso país, pode ser observado ao longo de todo o ano. Os movimentos algo erráticos desta espécie não permitem classificá-la como residente nem como invernante.

Mapas

Onde Observar

As grandes zonas húmidas do litoral centro e sul são os locais mais favoráveis à observação de flamingos.

 

Litoral centro – os flamingos aparecem regularmente na ria de Aveiro, no estuário do Mondego e na lagoa de Óbidos podendo ser observados com facilidade em qualquer um destes locais.

 

Lisboa e Vale do Tejo – o local que reúne maiores concentrações de flamingos e onde a espécie pode ser encontrada ao longo de praticamente todo o ano é o estuário do Tejo, nomeadamente nas lezírias da Ponta da Erva, na zona de Pancas, no sítio das Hortas, na ribeira das Enguias e no sapal de Corroios; por vezes alguns flamingos surgem na margem direita do rio, podendo ser vistos no Parque do Tejo e nas salinas de Alverca.

 

Alentejo – o estuário do Sado acolhe regularmente algumas centenas de flamingos; ocasionalmente a espécie pode também ser vista na lagoa de Santo André, na lagoa dos Patos e noutros açudes do interior alentejano, particularmente na zona de São Cristóvão.

 

Algarve – o Ludo, as salinas de Tavira e de Santa Luzia e a reserva de Castro Marim são os melhores locais do Algarve para ver a espécie, sendo frequentes as concentrações de algumas centenas de aves; a espécie também ocorre com alguma regularidade na ria de Alvor, no estuário do Arade e na lagoa dos Salgados, mas geralmente em números mais reduzidos. Ocasionalmente surge na ETAR de Vilamoura, nas salinas de Odiáxere e no paul de Lagos.

 

 

Saber Mais

Nesta conversa sobre o flamingo, falamos primeiro das recentes alterações taxonómicas. Seguidamente abordamos a distribuição mundial, na Europa e na Península Ibérica, com enfoque nos locais de reprodução em Espanha e os registos de nidificação em Portugal.

 

 

 

Veja também este webinário e ficará a saber um pouco mais sobre a situação do flamingo em Portugal e nos outros países do Mediterrâneo.

 

 

Documentação

Ficha do flamingo no Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal (edição 2005)

Ficha do flamingo no Plano Sectorial da Rede Natura 2000

Ligações externas