Contrariamente à maioria dos chapins, o chapim-de-faces-pretas não é uma espécie florestal, preferindo os grandes caniçais e tabuais, onde se alimenta.
Quase ameaçado
Taxonomia
Ordem: Passeriformes
Família: Remizidae
Género: Remiz
Espécie: Remiz pendulinus (Linnaeus, 1758)
Subespécies: 4
Em Portugal ocorre a subespécie nominal.
Identificação
Os adultos são característicos, apresentando uma grande máscara preta, que contrasta com o resto da cabeça branca. O dorso é ruivo. O bico é triangular, bastante mais espesso que o dos restantes chapins. Os juvenis são acastanhados.
Sons
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Abundância e Calendário
Pouco comum e com uma distribuição localizada, o chapim-de-faces-pretas ocorre unicamente nas grandes zonas húmidas com boas manchas de vegetação emergente. A sua abundância parece variar em função do habitat disponível, mas geralmente podem ser vistos pequenos bandos, que se alimentam por entre a vegetação. Este chapim é principalmente invernante, podendo ser observado regularmente de Outubro a Março. Na região de Elvas, onde já nidificou, existem observações durante a época reprodutora.
Mapas
Onde Observar
Os locais com grandes caniçais e tabuais são os melhores para procurar este pequeno chapim.
Litoral centro – conhecem-se observações no baixo Mondego. |
Lisboa e Vale do Tejo – pode ser observado no estuário do Tejo (lezírias da Ponta da Erva). Ocasionalmente vê-se na várzea de Loures e no paul da Barroca. |
Alentejo – este chapim ocorre regularmente no estuário do Sado e na lagoa de Santo André; no interior é mais escasso, sendo a zona de Elvas aquela de onde provém a maioria dos registos. |
Algarve – a ria de Alvor, o paul da Lontreira, o paul de Lagos, o caniçal de Vilamoura e a lagoa de Aldeia Nova são alguns locais onde esta espécie pode ser observada. |
Documentação
Ficha do chapim-de-mascarilha no Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal (edição 2005)