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Cartaxo-nortenho
Saxicola rubetra
A característica sobrancelha branca é
geralmente o primeiro sinal de alerta de que
o pequeno insectívoro que temos na nossa
frente é um cartaxo-nortenho. No entanto,
esta espécie requer sempre uma
observação atenta, para despistar
eventuais erros de identificação.
Identificação
A silhueta desta espécie é muito semelhante à do cartaxo-comum: é uma ave
pequena, com a cauda relativamente curta e bico fino, que pousa em postura
vertical. O cartaxo-nortenho distingue-se sobretudo pela lista supraciliar branca
bem visível em todas as plumagens e, principalmente, pela base branca das
rectrizes exteriores, bem visível em voo. Esta última característica é geralmente a
mais segura, já que as fêmeas de cartaxo-comum também podem apresentar uma
ligeira sobrancelha esbranquiçada.
Abundância e calendário
O cartaxo-nortenho é uma ave pouco comum em Portugal. Nidifica unicamente nas
terras altas do norte do país, onde apresenta uma distribuição muito localizada.
Quando em passagem migratória pode ocorrer em qualquer local do território, mas
sempre em números reduzidos. Tal como o seu congénere cartaxo-comum,
frequenta sobretudo zonas abertas, pousando de forma conspícua em vedações ou
pequenos arbustos.
Sabe quando chegam os primeiros cartaxos-nortenhos? Veja as datas aqui
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Onde observar
Durante a época reprodutora, apenas pode ser visto nas terras altas do norte do território, mas
durante as passagens também se observa no centro e no sul.
 | | Entre Douro e Minho – raro nesta região, ocorre regularmente na serra da Peneda, onde |
| | nidifica.
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 | | Trás-os-Montes – Durante a época de nidificação, o cartaxo-nortenho apenas pode ser |
| | visto numa área restrita da serra do Gerês (planalto da Mourela) e na parte mais alta da serra de Montesinho.
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 | | Litoral centro – ocorre regularmente durante a passagem migratória.
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 | | Beira interior – os registos efectuados nesta região dão-se principalmente durante a |
| | passagem migratória, mas ocasionalmente a espécie aparece na serra da Estrela durante a época reprodutora.
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 | | Lisboa e Vale do Tejo – é regular durante a passagem migratória (especialmente no mês |
| | de Setembro), surgindo então com frequência em zonas baixas junto à faixa costeira, por exemplo nas lezírias da Ponta da Erva (no estuário do Tejo) e no cabo Espichel.
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 | | Alentejo – pouco comum nesta região, é visto ocasionalmente durante a passagem |
| | migratória outonal.
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Estatuto de conservação em Portugal:
Vulnerável
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