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Moleiro-pomarino
Stercorarius pomarinus
A cauda longa e bolbosa é a imagem de marca destes artistas do ar. A sua
manobrabilidade em voo é notável quando em perseguição de outras espécies de
aves. Quando em migração ou em trânsito, apresenta batimentos fortes e amplos,
e voo rectilíneo.
Identificação
As três espécies de moleiros mais pequenas (moleiro do Árctico, moleiro-pequeno e
moleiro-rabilongo) são difíceis de distinguir entre si, excepto se forem observadas
em plumagem de adulto completa. Neste caso, este moleiro possui uma
característica cauda comprida, com as penas centrais ainda mais projectadas e que
terminam em forma de bolbo. Pode haver variação nas plumagens, desde o muito
escuro, até as formas mais habituais com abdómen e peito brancos, dorso escuro e
asas escuras e um característico barrete preto contrastante com a garganta e
pescoço pálidos. No entanto estas características são também partilhadas com os
restantes moleiros, à excepção da cauda. No entanto, esta espécie possui um
característico bico forte e bicolor, e possui um abdomén protuberante. Estas
últimas características permitem também distinguir os adultos e imaturos das
restantes espécies de moleiros.
Abundância e calendário
Migrador de passagem frequente, é raro como invernante. Ocorre ao longo de toda
a costa portuguesa continental, sendo mais frequente na passagem outonal, entre
finais de Agosto e Novembro. Durante o Inverno, é mais regular ao largo da costa
sul, mas sempre em números reduzidos.

Onde observar
Os melhores pontos de observação a partir de terra encontram-se em
promontórios, especialmente durante o período de passagem, embora a
espécie possa ocorrer durante o Inverno perto da costa algarvia. Ainda assim,
as melhores possibilidades de observação decorrem das saídas pelágicas.
 | | Entre Douro e Minho – pouco frequente nesta região, aparece por |
| | vezes frente ao litoral de Esposende e foz do Lima.
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 | | Litoral Centro – espécie avistada com regularidade frente ao cabo |
| | Carvoeiro, especialmente durante a passagem outonal.
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 | | Lisboa e Vale do Tejo – pode ser avistado durante quase todo o ano ao |
| | largo do cabo Raso, embora a melhor época seja a passagem pós-nupcial.
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 | | Alentejo – alguns exemplares podem ser observados no litoral entre |
| | Tróia e a lagoa de Santo André, especialmente em período de condições climatéricas adversas no mar.
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 | | Algarve – alguns exemplares são observados todos os anos em |
| | passagem pelo cabo de São Vicente e pela ponta de Sagres. Algumas aves invernam ao largo do Algarve, podendo ser observado a partir da ponta da Piedade.
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