Esta espécie pertence à Ordem Columbiformes.

O canto trissilábico da rola-turca é hoje uma presença constante em muitas vilas e aldeias portuguesas. Este facto é surpreendente, se se tiver em conta que há apenas 50 anos a espécie era muito rara em Portugal.

 

Taxonomia

Ordem: Columbiformes
Família: Columbidae
Género: Streptopelia
Espécie: Streptopelia decaocto (Frivaldszky, 1838)
A espécie é monotípica.

Identificação

Quando está pousada, esta rola de plumagem acastanhada distingue-se facilmente da rola-brava pela plumagem mais lisa e pelo meio-colar preto que apresenta na parte superior do pescoço (por este motivo também é conhecida pelo nome de rola-de-colar). Em voo é visível uma grande quantidade de branco na cauda, como que formando uma larga barra. Pode confundir-se com a “rola-mansa”, da qual se distingue pelo maior tamanho e pelo canto.

Sons

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Abundância e Calendário

A rola-turca é actualmente uma espécie abundante em Portugal Continental e que está presente em quase todas as zonas habitadas de norte a sul do país, sendo por isso uma espécie bastante fácil de encontrar, excepto nas zonas montanhosas, onde está ausente.É uma ave residente, que pode ser observada durante todo o ano.

Onde Observar

Há apenas 20 anos a rola-turca observava-se apenas em meia dúzia de locais do litoral e há 10 anos era rara na maior parte do interior, mas hoje pode ser vista com relativa facilidade na maior parte do território nacional, sendo apenas rara acima dos 900 metros de altitude.

 

Entre Douro e Minho – observa-se facilmente nas principais localidades ao longo da faixa costeira, por exemplo em Viana do Castelo ou no estuário do Cávado.

 

Trás-os-Montes – pode ser vista com mais facilidade em centros urbanos, como Bragança e Mogadouro, sendo mais rara nas serras.

 

Litoral centro –  é fácil de ver em Aveiro, na Figueira da Foz, em São Pedro de Moel e em São Martinho do Porto.

 

Beira interior – menos abundante que no litoral, mas com uma distribuição ampla, pode ser vista junto a numerosas vilas e aldeias,  como Celorico da Beira, Aldeia da Ponte (Sabugal) ou Segura. Também é possível encontrar estas rolas junto à albufeira da Marateca e na aldeia de Castelo Novo (serra da Gardunha).

 

Lisboa e Vale do Tejo – nesta região a rola-turca é particularmente abundante ao longo da costa do Estoril, mas pode também ser facilmente vista em Sesimbra, na Costa de Caparica, na Ericeira, no cabo da Roca e na cidade de Lisboa.

 

Alentejo – ocorre principalmente junto aos aglomerados populacionais e pode ser observada nas zonas de Moura, Ferreira do Alentejo e Castro Verde, mas também ocorre em Nisa, na serra de São Mamede e nas imediações de Castelo de Vide e Marvão. Pode também ser vista junto a algumas barragens, como as da Póvoa, de Montargil, do Maranhão, do Roxo e do Monte da Rocha.

 

Algarve – está presente ao longo de toda a costa sul, podendo observar-se por exemplo na zona de Sagres, na ria de Alvor, junto às lagoas do Garrão e das Dunas Douradas ou na Quinta do Lago. No interior é menos abundante, mas também ocorre na serra do Caldeirão.

 

 

Saber Mais

Se deseja ficar a conhecer melhor a situação da rola-turca em Portugal, sugerimos que veja a gravação do webinário “A rola-brava e a rola-turca”, bastando para isso clicar na seta abaixo.

 

 

 

Ligações externas