Esta espécie pertence à Ordem Columbiformes.

Tal como a chegada das andorinhas e o canto do cuco, o arrulhar da rola-brava também marca o início da Primavera. Infelizmente, é um som que se ouve cada vez menos, pois esta espécie tem vindo a rarear em diversas zonas do país.

Sabe quando chegam as primeiras rolas-bravas?
Veja as datas aqui.

 

Taxonomia

Ordem: Columbiformes
Família: Columbidae
Género: Streptopelia
Espécie: Streptopelia turtur
Subespécies: 4

Em Portugal ocorre a subespécie nominal.

Identificação

Do mesmo tamanho que uma rola-turca, caracteriza-se pela plumagem mais escura e menos uniforme, especialmente no dorso e nas asas, distinguindo-se o seu padrão malhado. A barra branca da cauda é mais estreita que a daquela espécie e no pescoço tem um conjunto de riscas pretas e brancas, que apenas se vê apequena distância.

Sons

Para ouvir a vocalização da rola-brava, clique na seta abaixo!

Abundância e Calendário

Outrora extremamente abundante, a rola-brava vem experimentando uma tendência regressiva desde há várias décadas e é hoje pouco comum na maior parte do território a sul do Tejo; a norte é mais comum, particularmente no nordeste. Tem uma distribuição ampla mas ocorre geralmente em densidades baixas no sul do país. É uma ave migradora, que chega geralmente em Abril e parte em Setembro (neste último mês observam-se, por vezes, bandos de migradores).

Mapas

Onde Observar

A província de Trás-os-Montes é, sem dúvida, a melhor região para observar esta rola.

 

Entre Douro e Minho – pode ser observada no estuário do Minho e na veiga de São Simão.

 

Trás-os-Montes – muito comum em toda a região, pode ser vista com facilidade na serra da Coroa e em Miranda do Douro. Também ocorre na zona de Barca d’Alva e na serra do Alvão.

 

Litoral centro – ocorre principalmente em zonas de pinhal, podendo ser observada no pinhal de Mira e no pinhal de Leiria. Também se observa na zona de Estarreja-Salreu.

 

Beira interior – as melhores zonas para observar a rola-brava situam-se na zona do chamado “Pinhal Interior” (Sertã), na região de Viseu e também na zona do Sabugal. A espécie tambem pode ser vista no Tejo Internacional e em Celorico da Beira.

 

Lisboa e vale do Tejo – os melhores locais de observação durante a época reprodutora encontram-se na serra da Arrábida e zonas envolventes, mas a espécia também pode ser vista na Mata da Machada; durante a passagem migratória observa-se no cabo Espichel.

 

Alentejo – pouco abundante na maior parte do Alto Alentejo; no Baixo Alentejo é mais fácil de observar na margem esquerda do Guadiana (região de Mértola e Barrancos).

 

Algarve – pouco comum como nidificante, observa-se localmente na parte central do Algarve, nomeadamente junto à lagoa das Dunas Douradas e à vizinha lagoa do Garrão; também se observa na região de Alcoutim; durante a passagem migratória outonal, estas rolas aparecem nas ilhas da ria Formosa, na ria de Alvor e no cabo de São Vicente.

 

 

Saber Mais

Se deseja ficar a conhecer melhor a situação da rola-brava em Portugal, sugerimos que veja a gravação do webinário “A rola-brava e a rola-turca”, bastando para isso clicar na seta abaixo.

 

 

 

Partilhamos igualmente a gravação do episódio das “conversas sobre aves” dedicado à rola-brava. Esta é uma ave migradora, cujas populações têm vindo a diminuir de forma acentuada. Sendo uma espécie cinegética, não podíamos deixar de falar da problemática da caça, assim como das alterações de habitat que se têm registado um pouco por toda a Europa. No final explicamos também o significado do nome científico.

 

 

 

Ligações externas