Esta espécie pertence à Ordem Podicipediformes.

É o menor dos nossos mergulhões e pode surpreender pela capacidade de permanecer submerso, nadando debaixo de água a um ritmo frenético em busca de alimento.

 

Taxonomia

Ordem: Podicipediformes
Família: Podicipedidae
Género: Tachybaptus
Espécie: Tachybaptus ruficollis (Pallas, 1764)
Subespécies: 7

Em Portugal ocorre a subespécie nominal.

Identificação

Tem a forma padronizada de um mergulhão de pequenas dimensões, de pescoço proeminente e em forma de S, bico curto, corpo comprido e patas com dedos grandes e palmados. O mergulhão-pequeno assemelha-se ao mergulhão-de-pescoço-preto, possuindo uma plumagem menos marcada e contrastante, dominada sobretudo pelos tons de castanho. A plumagem nupcial difere da plumagem de Inverno sobretudo na presença de uma mancha amarela conspícua junto à base do bico, pelo pescoço ruivo e bico escuro. Durante o Inverno assemelha-se ainda mais ao seu parente mergulhão-de-pescoço-preto, separando-se pelo menor tamanho, pelo olho escuro e pelo pescoço e flancos ocres.

Sons

Para ouvir a vocalização do mergulhão-pequeno, clique na seta abaixo!

Abundância e Calendário

O mergulhão-pequeno é uma espécie essencialmente residente, estando presente no território durante todo o ano. No entanto, durante o Inverno concentra-se em alguns locais em maior número, dispersando-se mais durante a Primavera e o Verão, pelo que é mais fácil encontrar grupos de pequena/média dimensão entre Novembro e Março. Trata-se de uma ave relativamente comum mas pouco abundante, sendo mais frequente na metade sul do território.

Mapas

Onde Observar

 

Litoral Norte – pouco abundante nesta região, pode ser observado nas lagoas de Bertiandos e também nas lagoas de Vila Franca (junto ao estuário do Lima); fora da época de nidificação aparece também no estuário do Cávado.

 

Trás-os-Montes – localizado nas zonas baixas de alguns rios, como o Sabor, e nas águas calmas de algumas albufeiras no Douro Internacional; também se observa nas lagoas do Tâmega, perto de Chaves.

 

Litoral Centro – é regular nos pauis do Baixo Mondego, podendo também ser observado no paul de Tornada, nas lagoas de Quiaios, na ria de Aveiro, nas Dunas de São Jacinto e ainda na ETAR de Atouguia da Baleia (Peniche).

 

Beira interior – as melhores observações são proporcionadas pelas albufeiras de Santa Maria de Aguiar e de Idanha e na lagoa da Urgeiriça. Ocorre também na albufeira de Vilar e pelos açudes junto ao Tejo Internacional.

 

Lisboa e Vale do Tejo – esta espécie está presente nas Marinhas da Saragoça (Ponta da Erva), nas salinas de Alverca e da ribeira das Enguias, na lagoa de Albufeira e no paul do Boquilobo, ocorrendo também em diversos açudes e albufeiras de menor dimensão. A oeste de Lisboa é escasso mas pode ser visto nas pequenas lagoas dos campos de golfe, por exemplo no Jamor (Oeiras) e na Quinta da Marinha (Cascais).

 

Alentejo – esta é a região onde o mergulhão-pequeno se encontra mais distribuído, ocorrendo no estuário do Sado, nos açudes de São Cristóvão, na albufeira do Caia, na lagoa de Santo André e na lagoa dos Patos. Também pode ser observado nas albufeiras de Odivelas, Alqueva e do Esporão, bem como noutras albufeiras e açudes desta região.

 

Algarve – os melhores locais de observação situam-se na parte central do Algarve, nomeadamente na Quinta do Lago, no Ludo, na lagoa do Garrão, na lagoa das Dunas Douradas, na foz do Almargem, no Parque Ambiental de Vilamoura e na lagoa dos Salgados. Na parte oriental da região a espécie pode ver-se na lagoa de Aldeia Nova e na reserva de Castro Marim; ocorre também na ria de Alvor, em especial no Outono e no Inverno, e ainda no paul de Lagos.

 

 

Saber Mais

Os mergulhões são aves aquáticas de pequeno ou médio porte. Embora desajeitados em terra, são excelentes nadadores e, como o seu nome indica, mergulham com frequência. Veja a apresentação seguinte e fique a conhecer melhor as várias espécies de mergulhões que ocorrem em Portugal.

 

 

 

Ligações externas