Esta espécie pertence à Ordem Charadriiformes.

O garajau é um mergulhador exímio, surpreendendo a rapidez com que detecta e se lança na captura de um peixe a partir de alguns metros de altura.

 

Taxonomia

Ordem: Charadriiformes
Família: Laridae
Género: Thalasseus
Espécie: Thalasseus sandvicensis (Latham, 1787)
Subespécies: 3

Em Portugal ocorre a subespécie nominal.

Identificação

É uma das maiores espécies da família Sternidae, que podem ser vistas em Portugal, só sendo superada em tamanho pelo garajau-grande. Em plumagem de Verão, possui também um barrete preto que cobre a cabeça até aos olhos, asas cinzento-prateado, e corpo no geral branco. Distingue-se pela combinação de bico comprido, escuro com ponta amarela, e patas curtas e pretas. Durante o Inverno, a testa fica esbranquiçada. Tal como os seus parentes próximos, o voo é ondulado e, quando em prospecção, aponta frequentemente o bico para baixo, em busca de presas.

Sons

Para ouvir a vocalização do garajau-comum, clique na seta abaixo!

Abundância e Calendário

O garajau-comum está presente no nosso território durante todo o ano, com maiores efectivos entre o final do Verão e o Inverno. Assim, o período por excelência de observação desta espécie centra-se entre Agosto e Fevereiro, período este em que estas aves podem ser vistas junto à orla costeira, nos estuários dos rios, zonas portuárias e em zonas de ria.

Onde Observar

O garajau pode ser visto em praticamente todas as zonas húmidas costeiras e também em mar aberto.

 

Entre Douro e Minho – pode ser observada no estuário do Cávado, ocorrendo também noutras zonas húmidas como o estuário do Minho e o estuário do Lima.

 

Litoral Centro  – A ria de Aveiro e o estuário do Mondego são os melhores locais de observação, assim como a lagoa de Óbidos. Durante as passagens migratórias, pode ser observada no cabo Carvoeiro.

 

Lisboa e Vale do Tejo – é regular no estuário do Tejo (aparece com frequência em Corroios e na ribeira das Enguias) e na costa do Estoril, sobretudo durante o Outono e o Inverno. Pode igualmente ser visto durante as passagens no cabo Raso.

 

Alentejo – observa-se com relativa facilidade nos estuários do (Sado) e do do Mira, e também na lagoa de Santo André e na foz da ribeira de Moinhos.

 

Algarve – nesta região pode ser observada em passagem no mar em frente à ponta da Piedade e ao cabo de São Vicente, contudo os melhores locais de observação são nas zonas húmidas costeiras e incluem o estuário do Arade, a ria de Alvor, a ria Formosa e a reserva de Castro Marim (nestas zonas húmidas pode igualmente ser vista, em pequenos números, durante o Inverno).

 

Saber Mais

Descubra outras curiosidades acerca do garajau-comum ouvindo a “conversa sobre aves” cuja gravação aqui partilhamos. Falamos da origem do nome da espécie, da problemática dos nomes comuns em português, das alterações taxonómicas e do significado do nome científico. Abordamos também a distribuição e os movimentos migratórios e o estatuto da espécie em Portugal, com destaque para a abundância da espécie durante as épocas de passagem. No final, falamos do impacto do recente surto de gripe aviária.