Esta espécie pertence à Ordem Charadriiformes.

O chamamento trissilábico do perna-verde denuncia a sua presença. Esta limícola de dimensão intermédia é geralmente solitária, mas por vezes forma bandos de até 20 indivíduos.

 

Taxonomia

Ordem: Charadriiformes
Família: Scolopacidae
Género: Tringa
Espécie: Tringa nebularia (Gunnerus, 1767)
A espécie é monotípica.

Identificação

Maior que o perna-vermelha-comum, distingue-se desta espécie sobretudo pela sua plumagem mais clara, destacando-se as partes inferiores brancas, que contrastam com as partes superiores acinzentadas. As patas são de um verde-azeitona, que podem parecer cinzentas à distância. O bico é recurvado para cima. Em voo  destaca-se a “lança” branca no dorso e a ausência de qualquer risca alar.

Sons

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Abundância e Calendário

Embora raramente seja observado em grande quantidade, o perna-verde-comum pode ser observado em Portugal durante todos os meses do ano. É durante as épocas das migrações que é mais numeroso, devido à ocorrência de indivíduos que se encontram em passagem de ou para África. No Inverno pode ser visto em pequenos números nos principais estuários e na época dos ninhos são por vezes vistos indivíduos não reprodutores. Associa-se frequentemente a outras espécies de limícolas.

Mapas

Onde Observar

Embora seja visto com mais facilidade nos grandes estuários, também pode ser visto ocasionalmente em albufeiras no interior do país.

 

Entre Douro e Minho – os estuários do Minho e do Cávado são os dois locais da região onde o perna-verde-comum pode ser visto com regularidade.

 

Litoral centro – observa-se na ria de Aveiro, no estuário do Mondego e na lagoa de Óbidos.

 

Lisboa e Vale do Tejo – pode ser visto no estuário do Tejo, particularmente nas lezírias da Ponta da Erva (incluindo o EVOA), no sítio das Hortas e também no sapal de Corroios. Também se observa na lagoa de Albufeira.

 

Alentejo – o estuário do Sado é o local mais favorável à observação desta limícola, que também pode ser vista na lagoa de Santo André e, ocasionalmente, em albufeiras mais para o interior, como a lagoa dos Patos ou a albufeira do Roxo.

 

Algarve – observável nas principais zonas húmidas costeiras, como o paul de Lagos, a ria de Alvor, as salinas de Odiáxere, o estuário do Arade, o Ludo, a Quinta do Lago, a lagoa dos Salgados, a ria Formosa e o sapal de Castro Marim.

 

Documentação

Ficha do perna-verde-comum no Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal (edição 2005)