Esta espécie pertence à Ordem Passeriformes.

A plumagem muito garrida do bispo-de-coroa-amarela pode deixar estupefacto qualquer observador que nunca se tenha cruzado com uma ave desta espécie.Trata-se, contudo de uma espécie de origem africana, que terá sido introduzida no nosso país no final da década de 1980, não sendo por isso de estranhar que não figure em muitos guias de campo.

Esta espécie pertence à Categoria C

Taxonomia

Ordem: Passeriformes
Família: Ploceidae
Género: Euplectes
Espécie: Euplectes afer (Gmelin JF, 1789)
Subespécies: 4

Identificação

Este pequena ave, da família dos tecelões, salta à vista pela plumagem muito vistosa dos machos. O tom dominante é o amarelo, que abrange a maior parte da cabeça, do dorso e da cauda. As partes inferiores são pretas, contrastando fortemente com o tom amarelo. As fêmeas são mais acastanhadas e com um ar “apardalado”, destacando-se a lista supraciliar creme, fazendo lembrar um pardal-francês, espécie com a qual este pequeno tecelão é muitas vezes confundido.Fora da época de nidificação, os machos perdem a plumagem vistosa e assemelham-se às fêmeas.

Abundância e Calendário

O bispo-de-coroa-amarela está presente em Portugal durante todo o ano mas a sua detectabilidade é muito variável, em função da plumagem ostentada pelos machos. Assim, durante a época de nidificação, que coincide sobretudo com a Primavera e o Verão, os machos ostentam a sua bela plumagem amarela e preta e pousam em locais visíveis, sendo por isso facilmente detectáveis. Já no Outono e no Inverno, os tons acastanhados da plumagem não nupcial fazem com que a espécie passe facilmente despercebida.

Mapas

Onde Observar

Esta espécie pode ser observada em zonas palustres com vegetação emergente.

 

Litoral centro – dois locais onde a espécie pode ser observada com relativa facilidade são: o Baixo Mondego e a ria de Aveiro (zona de  Salreu).

 

Lisboa e Vale do Tejo – O melhor local para encontrar este bispo é o estuário do Tejo, onde já foram observados bandos de várias centenas de indivíduos, especialmente nas lezírias da Ponta da Erva e também no Paul da Barroca.

 

Alentejo – pode ser observado no estuário do Sado, havendo também registos na zona de Elvas.

 

Saber Mais

O bispo-de-coroa-amarela foi introduzido em Portugal há cerca de 35 anos e desde então tem vindo a espalhar-se pelo território nacional, tendo já actualmente o estatuto de espécie invasora. Disponibilizamos aqui as gravações de dois webinários: o primeiro sobre a situação desta espécie em Portugal (realizado em Maio de 2023, no âmbito da Semana sobre Espécies Invasoras) e o segundo sobre a problemática das espécies invasoras.