Esta espécie pertence à Ordem Passeriformes.

O planar calmo da andorinha-dáurica, que contrasta com o voo mais agitado das outras andorinhas, transmite uma sensação de tranquilidade. O seu ninho, com um longo túnel de acesso, é muito diferente do das outras andorinhas.

Sabe quando chegam as primeiras andorinhas-ruivas?
Veja as datas aqui.

 

Taxonomia

Ordem: Passeriformes
Família: Hirundinidae
Género: Cecropis
Espécie: Cecropis rufula (Temminck, 1835)
A espécie é monotípica.

Identificação

Esta andorinha identifica-se principalmente pelo tom dourado das partes inferiores e do uropígio, que contrastam com o resto da plumagem preta. A cauda é fortemente bifurcada. Distingue-se da andorinha-das-chaminés pelo uropígio dourado e pela ausência de mancha vermelha escura na garganta.

Sons

Para ouvir a vocalização da andorinha-dáurica, clique na seta abaixo!

Abundância e Calendário

A andorinha-dáurica é uma espécie estival, que geralmente pode ser observada em Portugal de Março a Outubro. Embora ocorra de norte a sul do país, não é uma ave muito abundante. De uma forma geral é mais numerosa na metade interior do território, escasseando no litoral. Nidifica frequentemente por baixo de pontes e viadutos.

Mapas

Onde Observar

O interior alentejano é, sem dúvida, a melhor região para observar esta andorinha.

 

Entre Douro e Minho – pouco frequente nesta região, ocorre em pequenos números na serra da Peneda.

 

Trás-os-Montes – no norte do país a espécie pode ser vista com facilidade no Douro Internacional, por exemplo em Miranda do Douro e Barca d’Alva.

 

Litoral centro – a andorinha-dáurica é pouco comum nesta região, sendo a serra de Aire um dos locais onde ocorre com regularidade.

 

Beira interior – a andorinha-dáurica está presente nas zonas raianas do planalto de Riba Côa, de Segura e do Tejo Internacional, podendo também ser vista localmente na serra da Estrela.

 

Lisboa e Vale do Tejo – pode ser vista em Pancas (no estuário do Tejo) e na serra da Arrábida. A norte de Lisboa é pouco frequente, mas tem sido vista com regularidade no cabeço de Montachique.

 

Alentejo – comum e bem distribuída, por toda a região; é mais numerosa na metade oriental; alguns dos locais onde é frequente são: Alpalhão, barragem da Póvoa, Castelo de Vide, Marvão, serra de São Mamede, Alter do Chão, ribeira do Divor, albufeiras de Montargil, do Roxo e de Alqueva, e ainda as zonas de Elvas, Mourão, Barrancos, Mértola e Mina de São Domingos.

 

Algarve – observa-se com mais facilidade nas zonas serranas do interior, podendo ser vista regularmente nas serras de Monchique, do Caldeirão e do Espinhaço de Cão. No entanto,
também ocorre com regularidade nalguns locais junto à costa, como por exemplo no
planalto do Rogil, na Carrapateira, na Boca do Rio, na Ponta da Piedade, no paul de Lagos,
no estuário do Arade, na lagoa das Dunas Douradas, na Quinta do Lago, no caniçal de
Vilamoura e no sapal de Castro Marim.

 

Saber Mais

Se deseja saber mais sobre a andorinha-dáurica, não deixe de ouvir a “conversa sobre aves”que aqui partilhamos. Os pontos abordados incluem o habitat, os locais de nidificação e as características do ninho. Falamos também da história da presença desta espécie em Portugal, tendo presente que o seu aparecimento na Península Ibérica é relativamente recente, assim como da distribuição mundial. Na parte final abordamos alguns aspectos sobre a identificação desta andorinha.

 

 

 

Também lhe poderá interessar a gravação deste webinário sobre as andorinhas de Portugal.

 

 

 

Sugerimos ainda este pequeno tutorial sobre a identificação das espécies de andorinhas que ocorrem no nosso país.

 

 

 

Ligações externas