Esta espécie pertence à Ordem Strigiformes.

O súbito aparecimento do vulto branco da coruja-das-torres, acompanhado do seu grito selvagem, pode assustar um observador desprevenido.

 

Taxonomia

Ordem: Strigiformes
Família: Tytonidae
Género: Tyto
Espécie: Tyto alba (Scopoli, 1769)
Subespécies: 10

Em Portugal continental ocorre a subespécie nominal e, possivelmente, T. a. guttata, que tem uma distribuição mais setentrional. Na Madeira está presente a subespécie T. a. schmitzi.

Identificação

Esta coruja de média dimensão é facilmente identificada pela brancura da sua plumagem. Quando está pousada, chama a atenção a sua face branca, em forma de coração,contrastando com as asas cinzentas e alaranjadas, mas em voo, a plumagem predominantemente branca dá-lhe um aspecto algo fantasmagórico.

Sons

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Abundância e Calendário

A coruja-das-torres é residente e está presente em Portugal durante todo o ano. Ocorre frequentemente nas imediações de edifícios, habitados ou não, preferindo aqueles que têm aberturas ou cavidades, que possam ser usados como local de repouso e nidificação. Aprecia assim velhos celeiros, edifícios em ruínas, campanários e até velhas estações de caminho-de-ferro. Para se alimentar, frequenta terrenos agrícolas.Esta espécie é mais abundante na metade sul do país, sendo relativamente rara nas zonas de maior altitude.

Mapas

Onde Observar

Esta coruja é estritamente nocturna e só sai para caçar depois de caída a noite. Durante o dia, as corujas permanecem nos seus refúgios. Assim, a melhor hora para procurar esta rapina nocturna será pelo menos uma hora depois do pôr-do-sol.

 

Entre Douro e Minho – distribui-se um pouco por toda a região.

 

Trás-os-Montes – pode ser vista no Douro Internacional.

 

Litoral centro – razoavelmente comum, observa-se por exemplo em São Martinho do Porto.

 

Beira interior – pouco abundante, as zonas onde pode ser vista com mais facilidade são a região de Figueira de Castelo Rodrigo e o Tejo Internacional.

 

Lisboa e vale do Tejo – Os terrenos agrícolas do estuário do Tejo (conhecidos como lezírias da Ponta da Erva) são um dos locais onde a espécie é mais abundante e fácil de observar, especialmente de Julho a Novembro, tendo já sido registada a presença de mais de 100 corujas-das-torres nesta área. Também ocorre na serra da Arrábida e na cidade de Lisboa.

 

Alentejo – bastante comum nesta parte do território, pode ser vista junto a quase todas as vilas e aldeias, nomeadamente nos centros históricos das localidades de média dimensão. Alguns dos locais onde a presença desta coruja é habitual incluem o estuário do Sado, a zona de Castro Verde e a região de Alpalhão.

 

Algarve – pouco abundante na região, observa-se esporadicamente na ria de Alvor e também na cidade de Faro.

 

Documentação

Ficha da coruja-das-torres no Plano Sectorial da Rede Natura 2000

Ligações externas