- Esta espécie pertence à Ordem Charadriiformes.
Durante a migração outonal, o observador de aves pode descobrir um destes moleiros em perseguição das andorinhas-do-mar, distinguindo-se os adultos das outras espécies de moleiros pela cauda afilada.
Taxonomia
Ordem: Charadriiformes
Família: Stercorariidae
Género: Stercorarius
Espécie: Stercorarius parasiticus (Linnaeus, 1758)
A espécie é monotípica.
Identificação
Tal como as restantes espécies de moleiros de menores dimensões, esta é mais facilmente distinguível quando em plumagem de adulto nupcial, com as penas centrais da cauda afiladas como característica mais marcante. No entanto, as plumagens de imaturos e juvenis são extremamente difíceis de separar dos congéneres moleiro-pomarino e moleiro-rabilongo. Neste caso, a forma do corpo e das asas é a melhor ajuda. O moleiro-pequeno tem o corpo mais pequeno que o moleiro-pomarino, tendo maior projecção do peito e bico mais curto. Este último é praticamente uniforme em termos de coloração, contrastando com o bico bicolor dos seus congéneres. Tal como as outras espécies, possui um barrete escuro que contrasta com o claro do pescoço, no caso dos adultos. Possui um voo ágil, com batimentos amplos, que lhes permite perseguir algumas das aves marinhas mais bem adaptadas ao voo rápido, como é o caso dos garajaus-comuns. O moleiro-pequeno ocorre em variações de plumagem que podem ir do totalmente escuro, a indivíduos claros, com o pescoço amarelado, com todas as plumagens intermédias possíveis.
Abundância e Calendário
Este moleiro é pouco comum no nosso território, sendo pouco frequente a sua observação junto a terra. A melhor época de observação ocorre entre o início de Setembro e o final de Outubro, período da passagem pós-nupcial, durante o qual a espécie é um pouco mais comum. Existem alguns exemplares que permanecem junto à nossa costa durante o Inverno, mas por norma são aves isoladas.
Mapas
Onde Observar
As melhores oportunidades surgem durante a execução de saídas pelágicas nos meses acima indicados, mas a espécie também pode ser observada a partir de terra.
Entre Douro e Minho – embora a espécie ocorra regularmente ao largo da costa do Minho, conhecem-se poucas observações junto ao litoral, estando basicamente restringidas às águas frente à foz do Lima e do Cávado. |
Litoral Centro – o cabo Carvoeiro e a costa entre Ovar e Quiaios, com destaque para a praia do Furadouro, são sem dúvida os melhores locais para a observação deste moleiro. |
Lisboa e Vale do Tejo – durante as passagens migratórias, especialmente na passagem outonal, o moleiro-pequeno ocorre regularmente frente ao cabo Raso e ao cabo Espichel. |
Algarve – o cabo de São Vicente e o cabo de Santa Maria (ria Formosa) são os melhores locais de observação da espécie, com destaque para o primeiro. |