A região de Riba Côa situa-se na Beira Alta estende-se entre o rio Côa e a fronteira espanhola. Nesta zona existem alguns habitats magnificamente preservados, incluindo boas manchas de carvalho-negral. Esta região é, sem dúvida, uma das mais ricas do país do ponto de vista ornitológico.
Grandes aves terrestres:
codorniz, cegonha-branca, peneireiro-cinzento, milhafre-preto, milhafre-real, águia-cobreira, grifo, tartaranhão-caçador, águia-calçada, ógea, andorinhão-preto, abelharuco
Passeriformes:
calhandra-real, calhandrinha, cotovia-arbórea, laverca, andorinha-das-rochas, andorinha-dáurica, petinha-dos-campos, alvéola-cinzenta, rabirruivo-preto, chasco-cinzento, melro-azul, tordoveia, rouxinol-bravo, toutinegra-de-bigodes, papa-amoras, felosa-de-bonelli, chapim-rabilongo, picanço-barreteiro, papa-figos, pega-azul, pega-rabuda, estorninho-preto, pardal-francês, pintarroxo, escrevedeira-de-garganta-preta, cia, trigueirão
Visita:
A vila fronteiriça de Vilar Formoso serve de ponto de partida para explorar a zona. Junto à estação de caminho-de-ferro, é frequente ver bandos ruidosos de andorinhões-pretos, em perseguições frenéticas. Nos edifícios circundantes, estorninhos-pretos pousam nas antenas e emitem os seus assobios. Mas uma das ocorrências mais surpreendentes nesta vila é a presença de milhafres-pretos, que não raras vezes voam a muito baixa altitude sobre as ruas, proporcionando excelentes observações e oportunidades fotográficas.
A partir daqui, a região pode ser facilmente explorada usando a rede viária existente. Para sul, a N233-3 leva-nos até Nave de Haver. Na aldeia é possível ver observar o chasco-cinzento sobre os telhados das casas, sendo esta uma peculiaridade que parece ser exclusiva desta região. 7 km a sul de Vilar Formoso, uma pequena estrada municipal sai para noroeste, na direcção de Malhada Sorda. Ao fim de 2 quilómetros, chega-se a um pequeno planalto, que é um dos melhores locais de observação de aves na zona. Aqui podem ver-se a calhandra-real, a calhandrinha, o chasco-cinzento e a petinha-dos-campos. Este é também um bom local de observação de aves de rapina, registando-se aqui a ocorrência regular de milhafre-real, milhafre-preto, águia-cobreira e grifo. Por vezes também se vê o peneireiro-cinzento.
Para oeste, a estrada nacional 16. Esta estrada serpenteia, passa por baixo da auto-estrada A25 (sob o viaduto nidifica a andorinha-das-rochas), passa em frente à aldeia de Castelo Bom (onde habitualmente se vê a andorinha-dáurica) e por fim leva-nos até à ponte sobre o rio Coa. Este local merece certamente uma paragem, pois aqui é um excelente local de observação. Entre as espécies habitualmente presentes contam-se: o abelharuco, a andorinha-das-rochas, a andorinha-dáurica, a alvéola-cinzenta e o melro-azul. Nos rochedos ao longo da estrada é frequente encontrar a cia.
Uma pequena estrada municipal faz a ligação entre a N16 (perto de Castelo Bom) e a zona de Malhada Sorda, passando por Freineda. Esta zona é bastante florestada, com boas manchas de freixo e carvalho-negral. Espécies típicas destes habitats incluem o papa-figos, a pega-azul, o chapim-rabilongo, a felosa-de-bonelli e a escrevedeira-de-garganta-preta.
Melhor época: Abril a Julho
Distrito: Guarda
Concelho: Almeida
Onde fica: na Beira Alta, junto à fronteira. O acesso a Vilar Formoso é fácil e
directo, bastante para isso tomar a A25 a partir de Aveiro, Guarda ou Viseu.