Esta espécie pertence à Ordem Passeriformes.

Muitas vezes vista como um prémio para os ornitólogos, já foi considerada uma raridade em Portugal. Trata-se de uma petinha que percorre um longo caminho desde a Sibéria para estar entre nós.

Taxonomia

Ordem: Passeriformes
Família: Motacillidae
Género: Anthus
Espécie: Anthus richardi Vieillot, 1818

A espécie é monotípica.

Identificação

Esta é uma ave de difícil identificação, pois é bastante semelhante à petinha-dos-campos. As diferenças residem sobretudo nas patas mais compridas e na ausência de lista preta nos loros. Embora nem sempre seja possível conseguir ter uma visão clara das patas, um olhar atento à garra posterior ajuda a identificar esta espécie, pois é bastante mais comprida que as das congéneres. Também característico é o seu hábito de peneirar antes de pousar.

Abundância e Calendário

A petinha-de-richard é bastante rara em Portugal. É uma migradora proveniente das paragens longínquas da Sibéria, que ocorre entre nós sobretudo como migradora de passagem. Contudo, já foi registada a permanência entre nós de alguns indivíduos invernantes. Assim, a melhor época para a observação desta espécie decorre entre Outubro e Dezembro, podendo alguns exemplares ser ainda observados durante os meses finais do Inverno. Ocorre sobretudo junto a prados húmidos ou alagados, nas margens de lagoas, pequenos charcos e açudes. Por vezes associa-se a outras espécies de petinhas.

Mapas

Onde Observar

São escassos os registos desta espécie que apenas nas últimas duas décadas começou a ser detectada com regularidade em Portugal. A esmagadora maioria das observações foi feita em zonas a sul do Tejo.

 

Litoral centro – aparentemente regular na zona de Peniche.

 

Lisboa e Vale do Tejo – escassamente registada nesta região, foi já notada a sua presença no estuário do Tejo, nomeadamente nas lezírias da Ponta da Erva e em Pancas, assim como no cabo Espichel.

 

Alentejo – ocorre regularmente junto ao cabo Sardão, na lagoa de Santo André, e no estuário do Sado, tendo sido também registada mas em menor número, na lagoa dos Patos.

 

Algarve – Pode ser observada esporadicamente no cabo de São Vicente e em Sagres e na lagoa dos Salgados. Para além destes locais, já foi também registada no Paul de Lagos, na ria de Alvor e no Sapal de Castro Marim.