Esta espécie pertence à Ordem Pelecaniformes.

Até finais da década de 1990 tratava-se de uma espécie bastante rara no nosso território. Hoje em dia, não surpreende encontrar esta garça branca de enormes dimensões nas zonas húmidas portuguesas.

Taxonomia

Ordem: Pelecaniformes
Família: Ardeidae
Género: Ardea
Espécie: Ardea alba Linnaeus, 1758
Subespécies: 4

Em Portugal Continental ocorre a subespécie nominal, mas nos Açores há vários registos atribuídos à subespécies A. a. egretta.

Identificação

Embora semelhante à garça-branca-pequena pela plumagem branca, esta ave é muito maior, com patas e pescoço mais compridos que a sua parente mais pequena, sendo praticamente da mesma dimensão da garça-real. Quando em plumagem de Inverno, apresenta o bico todo amarelo e as patas escuras, e corpo inteiramente branco. Na plumagem nupcial, ostenta um bico mais escuro, amarelo junto aos loros, e patas com tonalidades amareladas, assim como tufos de penas no dorso. Em voo apresenta as patas bastante estendidas para trás, deslocando-se com batimentos lentos tal como a garça-real.

Abundância e Calendário

Embora possa ser observada durante quase todo o ano, não existem efectivos reprodutores no nosso território, pelo que se trata de uma garça sobretudo invernante, sendo no Outono e no Inverno que se torna mais frequente. O melhor período de observação decorre de Outubro a Março. Ainda assim, é uma ave bastante escassa, que ocorre em números reduzidos em zonas húmidas, albufeiras, arrozais e tanques abandonados de salinas. Esta garça é mais abundante a sul que a norte.

Mapas

Onde Observar

Observa-se em diferentes tipos de zonas húmidas, tanto no litoral como no interior.

 

Entre Douro e Minho – existem diversas observações no estuário do Cávado e também no estuário do Douro.

 

Litoral centro – observável com regularidade na ria de Aveiro, nos arrozais do Baixo Mondego e no estuário do Mondego. Por vezes também surge nas lagoas de Quiaios e na zona de Salreu.

 

Beira interior – existem observações esporádicas nas albufeiras de Santa Maria de Aguiar, da Marateca e da Toulica.

 

Lisboa e Vale do Tejo – presente com regularidade no paul da Barroca e na ribeira das Enguias, sendo este o melhor local da região. Pode também ser observada nos Arrozais da Giganta (Ponta da Erva) e nas salinas de Vasa-Sacos.

 

Alentejo – nesta região os melhores locais são o estuário do Sado, os açudes de São Cristóvão, e a lagoa dos Patos. Nestes três locais têm sido observadas as maiores concentrações, por vezes reunindo meia dúzia de indivíduos. Também pode ocorrer na lagoa de Santo André e na albufeira do Alqueva.

 

Algarve – pouco frequente, observa-se ocasionalmente nas zonas húmidas da região, quase sempre em números reduzidos; os locais com maior número de observações são a ria de Alvor, a lagoa dos Salgados e o sapal de Castro Marim.

 

Ligações externas