Esta espécie pertence à Ordem Strigiformes.

O espectáculo de observar esta enorme coruja a caçar de dia, e fixar os seus olhos enormes em nós, não deixará indiferente nenhum observador de aves.

 

Taxonomia

Ordem: Strigiformes
Família: Strigidae
Género: Asio
Espécie: Asio flammeus (Pontoppidan, 1763)
Subespécies: 11

Em Portugal ocorre a subespécie nominal.

Identificação

De entre os mochos e corujas que ocorrem no nosso país, a coruja-do-nabal é aquela que possui hábitos mais diurnos. É uma coruja de tamanho grande e facilmente identificável. Semelhante ao bufo-pequeno, não possui orelhas muito salientes, e são bastante característicos os seus olhos grandes amarelados,envolvidos por dois leques de penas de cor clara. A cabeça e o peito são bastante barrados.

Abundância e Calendário

A coruja-do-nabal é pouco comum e tem uma distribuição muito localizada. A sua abundância está dependente da disponibilidade de roedores para alimentação, pelo que podemos encontrar anos em que a espécie é bastante rara, e outros em que se torna mais frequente, sem nunca deixar de ocorrer em baixos números. No nosso território, é uma ave invernante, que pode ser observada entre Outubro e Março, geralmente nas imediações de zonas húmidas. Por vezes as corujas-do-nabal agrupam-se em pequenos bandos.

Mapas

Onde Observar

Os melhores locais para procurar esta coruja são os grandes arrozais, os restolhos de milho alagados e os sapais.

 

Entre Douro e Minho – pouco frequente nesta região, já foi observada no estuário do Cávado e no estuário do Douro.

 

Litoral Centro – observa-se por vezes, em números reduzidos, nas principais zonas húmidas: ria de Aveiro, estuário do Mondego, lagoa de Mira e paul da Madriz.

 

Lisboa e Vale do Tejo – pode ser vista regularmente nas lezírias da Ponta da Erva (estuário do Tejo) e ainda nas lezírias e arrozais de Benavente e Salvaterra de Magos.

 

Alentejo – o sapal da Carrasqueira (estuário do Sado) e os vizinhos arrozais da Comporta são dois dos locais mais favoráveis à observação desta coruja. Também se conhecem alguns registos na zona de Santa Catarina de Sítimos, a leste de Alcácer do Sal. No interior alentejano é rara e difícil de encontrar.

 

Algarve – pouco comum no Algarve, a coruja-do-nabal observa-se ocasionalmente nas principais zonas húmidas da região: Quinta do Lago, ria Formosa, lagoa dos Salgados e ria de Alvor; durante as migrações outonais aparece também no cabo de São Vicente.

 

Documentação

Ficha da coruja-do-nabal no Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal (edição 2005)
Ficha da coruja-do-nabal no Plano Sectorial da Rede Natura 2000

Censo Nacional da População Invernante de Coruja-do-nabal 2021-2022

Ligações externas