A cabeça-vermelha e o dorso cinzento são a imagem de marca deste pato mergulhador, que é cada vez mais escasso em Portugal.
Em perigo (população residente) Vulnerável (invernada)
Taxonomia
Ordem: Anseriformes
Família: Anatidae
Género: Aythya
Espécie: Aythya ferina (Linnaeus, 1758)
A espécie é monotípica.
Identificação
Os patos mergulhadores detectam-se facilmente pelo seu comportamento: mergulham completamente em busca de alimento, contrariamente aos chamados patos de superfície (género Anas) que apenas submergem parte do corpo. O macho de zarro-comum é fácil de identificar: cabeça vermelha, contrastando com o resto da plumagem cinzenta. O bico é acinzentado.
Abundância e Calendário
Há apenas vinte anos este zarro era relativamente comum e fácil de encontrar, mas desde então tem vindo a tornar-se progressivamente mais escasso, podendo hoje ser considerado globalmente raro a nível nacional. Existem pequenos núcleos reprodutores no Algarve e em certas zonas do Alentejo, mas na maior parte do território esta espécie surge principalmente como invernante. A sua abundância é variável; a maioria das observações envolve pequenos bandos, mas no Inverno ainda são vistos, por vezes, bandos com algumas centenas de aves.
Mapas
Onde Observar
Actualmente este zarro apenas pode ser visto com regularidade em meia dúzia de locais.
Lisboa e Vale do Tejo – o paul do Boquilobo é talvez o único local da região onde a espécie é avistada com regularidade. |
Alentejo – observa-se geralmente em barragens ou açudes; as regiões de Mértola, Évora, Moura e São Cristóvão e ainda a lagoa de Santo André são algumas das zonas onde a espécie tem sido vista com mais frequência, embora existam muitas observações dispersas no resto da região. |
Algarve – a Quinta do Lago, a lagoa das Dunas Douradas e a lagoa dos Salgados, onde houve casos recentes de nidificação, são os melhores locais do Algarve para observar este zarro, que também aparece na lagoa de Aldeia Nova, na foz do Almargem e em Vilamoura. |
Saber Mais
Nesta “conversa sobre aves” falamos do zarro-comum e começamos pela história e pelo significado do nome científico. Outros aspectos abordados incluem a distribuição mundial, os movimentos migratórios e a situação na Península Ibérica. Na segunda parte da conversa são referidos aspectos relacionados com a conservação, nomeadamente o estatuto e os factores de ameaça.
Documentação
Ficha do zarro-comum no Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal (edição 2005)
Ligações externas
- Rola-brava e Zarro passam a estar em risco de extinção
- Três patos com estatuto de conservação “Em Perigo” devolvidos à Natureza