Oriundo no Norte da Europa, o zarro-bastardo é muito escasso em Portugal e por isso foi recentemente adicionado à lista das espécies que são consideradas ‘raridades’ e cujos registos requerem, por isso, homologação.
Taxonomia
Ordem: Anseriformes
Família: Anatidae
Género: Aythya
Espécie: Aythya marila (Linnaeus, 1761)
Subespécies: 2
Identificação
O macho deste pato mergulhador identifica-se facilmente pela cabeça verde e pelo corpo cinzento; a fêmea é mais acastanhada e pode confundir-se com a de zarro-negrinha, distinguindo-se geralmente pela maior quantidade de branco em torno da base do bico.
Abundância e Calendário
“Invernante raro” é talvez a melhor forma de descrever o estatuto deste pato em Portugal. Oriundos do norte da Europa (Fino-Escandinávia e Islândia), os zarros-bastardos invernam principalmente nas zonas costeiras da Europa Central e nas ilhas Britânicas e no Mar Negro, sendo poucos os indivíduos que chegam ao nosso país, pelo que a maioria dos registos envolve aves isoladas ou pequenos bandos. A espécie aparece sobretudo de meados de Novembro a meados de Março, com registos ocasionais noutros meses do ano. O litoral centro e o Algarve parecem ser os locais onde o zarro-bastardo é mais regular.
Onde Observar
A escassez deste zarro não permite identificar locais onde a sua ocorrência seja regular. Indicam-se alguns locais onde a espécie tem sido observada nos últimos anos.
Litoral centro – a pateira de São Jacinto, onde a espécie já foi observada em diferentes ocasiões, é talvez o melhor local da região para ver esta espécie, que também já foi observada na lagoa de Óbidos. Nos últimos anos também tem havido observações regulares na lagoa dos Teixoeiros, perto de Cantanhede. |
Lisboa e Vale do Tejo – existem diversas observações no estuário do Tejo (na Ponta da Erva e na zona de Pancas). |
Alentejo – já foi observado na lagoa de Santo André e nos açudes perto de São Cristóvão. |
Algarve – a Quinta do Lago reúne a maioria dos registos de zarro-bastardo na região. |