Esta espécie pertence à Ordem Charadriiformes.

Uma das mais pequenas limícolas de ocorrência regular em Portugal, que tem como imagem de marca a sua frenética busca de pequenos invertebrados nas margens dos sapais, lagoas e salinas.

 

Taxonomia

Ordem: Charadriiformes
Família: Scolopacidae
Género: Calidris
Espécie: Calidris minuta (Leisler, 1812)
A espécie é monotípica.

Identificação

Como o nome indica, é um pilrito bastante pequeno, com cerca de 2/3 da dimensão do pilrito-das-praias, tendo ainda as patas curtas e escuras, apresentando um bico fino e comprido. A plumagem é semelhante à do pilrito-de-temminck. Da garganta ao abdómen a cor é branca. Na plumagem de Inverno, o dorso e asas são acinzentados, enquanto que na Primavera e Verão, estas partes são castanho-arruivado com algumas penas escuras, dando um aspecto mais malhado.

Abundância e Calendário

Existem também efectivos invernantes, mas durante este período é claramente menos abundante que nas épocas de passagem e ocorre quase unicamente no Algarve e no estuário do Sado. Assim a época mais aconselhada para a observação desta pequena limícola gira em torno dos meses de Setembro e Outubro, e no período de Inverno nas regiões mencionadas. Concentra-se sobretudo nas grandes zonas estuarinas e nos sistemas lagunares junto ao litoral, sendo bastante raro no interior do território. Associa-se frequentemente a outras espécies de pilritos.

Mapas

Onde Observar

Ocorre um pouco por todas as zonas húmidas junto ao litoral, desde as grandes zonas estuarinas até pequenas rias e estuários mais pequenos.

 

Entre Douro e Minho – existem registos de observações nos estuários do Minho, Lima e Cávado, embora em baixos números.

 

Litoral centro – comum na ria de Aveiro, nomeadamente nas salinas junto à cidade de Aveiro, mas também ao longo das áreas lodosas características desta zona. Pode também ser visto na lagoa de Óbidos e no estuário do Mondego.

 

Lisboa e Vale do Tejo – apresenta-se como uma espécie comum no estuário do Tejo, ocorrendo por vezes em números elevados em zonas como a foz da ribeira das Enguias e o sítio das Hortas.

 

Alentejo – o estuário do Sado é o melhor local de observação deste pilrito. Para além deste local, ocorre também no estuário do Mira e na lagoa de Santo André, mas em muito menor número.

 

Algarve – facilmente observável em locais como o Ludo, as salinas de Tavira e Santa Luzia, a reserva de Castro Marim e a ria de Alvor. Também ocorre no estuário do Arade. Nesta região é frequente a presença de exemplares invernantes, nomeadamente no sotavento.