O garrido do vermelho, amarelo e preto constituem a marca mais saliente deste pequeno passeriforme.
Taxonomia
Ordem: Passeriformes
Família: Fringillidae
Género: Carduelis
Espécie: Carduelis carduelis (Linnaeus, 1758)
Subespécies: 14
As aves que nidificam em Portugal Continental e na Madeira pertencem à subespécie C. c. parva, enquanto os indivíduos invernantes deverão pertencer às subespécies nominal e C. c. britannica.
Identificação
Esta pequena ave granívora é conhecida por quase toda a gente, pelo que se trata de uma espécie de relativamente fácil identificação. A sua máscara vermelha, a cabeça branca e preta e as manchas amarelas nas asas fazem do pintassilgo uma ave bastante colorida e com um padrão facilmente reconhecível, mesmo em voo. Durante a Primavera, pode ser observado a cantar no alto de árvores, antenas, postes e telhados. No Inverno agrega-se frequentemente em bandos de dimensões consideráveis, que podem juntar centenas de aves.
Sons
Para ouvir a vocalização do pintassilgo, clique na seta abaixo!
Abundância e Calendário
Abundante e bem distribuído ao longo do território continental, mas claramente mais comum no sul do que no norte, o pintassilgo ocupa uma variedade imensa de habitats, desde parques e jardins urbanos, a montados, pomares, bosques abertos, orlas, e, também, estepes cerealíferas durante o Inverno, onde é bastante abundante. Apenas evita as áreas densamente florestadas e de altitude. Está presente no país durante todo o ano.
Mapas
Onde Observar
A presença do pintassilgo está ligada à ocupação humana, quer associada a zonas agrícolas, quer em parques e jardins urbanos. Ocorre também em zonas florestadas com clareiras, montados e bosquetes, evitando sobretudo as manchas florestais densas.
Entre Douro e Minho – esta é a região onde o pintassilgo é menos comum, ocorrendo em pequenos números nas matas da serra do Gerês, no Corno de Bico, na veiga da Areosa e no vale do Lima, nomeadamente perto de Ponte de Lima. |
Trás-os-Montes – pouco abundante nesta região, pode ser observado nas serras de Montesinho e da Coroa, em Miranda do Douro, no baixo Sabor e em Barca d’Alva. |
Litoral centro – ocorre junto à lagoa de Óbidos, no baixo Mondego e nas serras de Aire e Candeeiros. |
Beira interior – fácil de observar nesta região onde está presente em locais como o Tejo Internacional, a zona do Sabugal, Vilar Formoso e o planalto de Ribacoa. |
Lisboa e Vale do Tejo – frequente nalguns locais da cidade de Lisboa, como o parque do Tejo e o parque de Monsanto, assim como em diversos jardins lisboetas. É uma espécie comum em locais como o estuário do Tejo, nomeadamente em Pancas e na Ponta da Erva, assim como na costa do Estoril, no cabo da Roca e na várzea de Loures. Ocorre também no cabo Espichel, onde se congregam grandes bandos durante o Outono, e na serra da Arrábida. Mais a montante no vale do Tejo, temos o paul do Boquilobo como local onde esta espécie é bastante comum. |
Alentejo – trata-se de uma ave comum nesta região. Na parte norte do Alentejo, pode ser observada em Nisa, na barragem da Póvoa, na albufeira de Montargil, na zona de Elvas e em Arraiolos. Na zona sul, ocorre nas planícies de Castro Verde, na zona de Moura e na zona de Mértola, e mais junto ao litoral, no estuário do Sado e na lagoa de Santo André. |
Algarve – o pintassilgo é muito comum nesta região, sendo frequente junto a zonas húmidas desta região, como a ria de Alvor, a lagoa dos Salgados, o Ludo e a Quinta do Lago, assim como nas zonas interiores, de que são exemplo a serra do Caldeirão e a Rocha da Pena. Na zona de Sagres é uma espécie comum, assim como nas planícies adjacentes. Ocorre também na reserva de Castro Marim. |
Saber Mais
Se deseja conhecer melhor o pintassilgo, não deixe de ouvir o episódio das “Conversas sobre aves”, que aqui partilhamos: