Esta espécie pertence à Ordem Charadriiformes.

Os borrelhos têm uma forma peculiar de se movimentar: dão alguns passos e depois ficam estáticos, como que fitando o observador.

 

Taxonomia

Ordem: Charadriiformes
Família: Charadriidae
Género: Charadrius
Espécie: Charadrius hiaticula Linnaeus, 1758
Subespécies: 2

Em Portugal ocorre a subespécie nominal e, possivelmente, a subespécie C. h. tundrae.

Identificação

Os adultos em plumagem de Verão são fáceis de identificar pela coleira preta no peito e pelas patas cor-de-laranja. Os juvenis e os adultos em plumagem de Inverno apresentam a coleira incompleta, mas mais espessa que a do borrelho-de-coleira-interrompida. Distingue-se do borrelho-pequeno-de-coleira pela risca alar (visível em voo), pela ausência de anel ocular amarelo, pelas patas alaranjadas e pela vocalização (que consiste num chamamento dissilábico ascendente).

Abundância e Calendário

É uma das limícolas mais comuns nos estuários portugueses. No nosso país ocorrem indivíduos invernantes e também migradores de passagem, havendo grande variação do número de indivíduos de mês para mês, mas a espécie pode ser vista durante quase todo o ano (sendo contudo muito escassa de meados de Maio a meados de Julho). Os habitats onde é mais frequente são os estuários e as salinas.

Mapas

Onde Observar

Fácil de observar em qualquer zonas húmidas costeiras, especialmente nas que se encontram sujeitas à influência das marés.

 

Entre Douro e Minho – pode ser visto regularmente no estuário do Minho, no estuário do Lima e no estuário do Cávado.

 

Litoral centro – a ria de Aveiro, o estuário do Mondego e a lagoa de Óbidos são três bons locais para ver este borrelho. Por vezes observam-se pequenos bandos na zona de São Martinho do Porto.

 

Lisboa e Vale do Tejo – muito abundante no estuário do Tejo, podendo ser visto com facilidade no sítio das Hortas, no Parque do Tejo, no sapal de Corroios e nas salinas de Alverca. Por vezes também se observa, em números reduzidos, na costa do Estoril.

 

Alentejo – o estuário do Sado é o principal local de ocorrência na região, sendo também aquele onde a espécie pode ser vista mais facilmente; também pode ser visto no estuário do Mira e na lagoa de Santo André; esporadicamente observa-se no interior, em albufeiras.

 

Algarve – a presença deste borrelho é regular em diversas zonas húmidas costeiras da região, nomeadamente na ria de Alvor, no paul de Lagos, nas salinas de Odiáxere, no estuário do Arade, na ria Formosa, nas salinas de Santa Luzia e no sapal de Castro Marim.

 

Saber Mais

Se tem dificuldades na identificação de borrelhos, sugerimos-lhe a visualização desta pequena apresentação, na qual recordamos os principais aspectos a ter em conta para uma correcta identificação das várias espécies. Basta clicar na seta abaixo:

 

 

 

Na gravação abaixo pode ouvir uma conversa sobre o borrelho-grande-de-coleira, na qual começamos por abordar alguns aspectos relacionados com a identificação. Seguidamente falamos da distribuição mundial, dos movimentos migratórios e da dimensão da população nos vários países. Na última parte debruçamo-nos sobre a situação em Portugal, com referência aos principais locais de ocorrência da espécie, e sobre a forma de alimentação desta ave.

 

 

Documentação

Ficha do borrelho-grande-de-coleira no Plano Sectorial da Rede Natura 2000

Ligações externas