Esta espécie pertence à Ordem Passeriformes.

O canto arranhado desta grande felosa é um dos sons mais característicos dos nossos caniçais durante a Primavera.

Sabe quando chegam os primeiros rouxinóis-grandes-dos-caniços?
Veja as datas aqui.

Taxonomia

Ordem: Passeriformes
Família: Acrocephalidae
Género: Acrocephalus
Espécie: Acrocephalus arundinaceus (Linnaeus, 1758)
Subespécies: 2

Em Portugal ocorre a subespécie nominal.

Identificação

É a maior das nossas felosas, sendo quase do tamanho de um pequeno tordo. A plumagem é totalmente castanha, notando-se a garganta esbranquiçada. O seu canto estridente, muito característico, é composto por diversas notas arranhadas que são entoadas aos pares, em longas sequências. A designação “rouxinol” poderá derivar do facto de esta espécie cantar também durante a noite.

Sons

Para ouvir a vocalização do rouxinol-grande-dos-caniços, clique na seta abaixo!

Abundância e Calendário

Esta espécie é relativamente comum em Portugal e distribui-se um pouco por todo o país, mas a sua distribuição é bastante fragmentada devido às especificidades do habitat que frequenta. Este consiste em zonas húmidas com vegetação emergente bem desenvolvida, como caniçais e tabuais em pauis e valas, mas também ocorre em ribeiras marginadas por árvores de folhagem densa. É um visitante estival, que chega geralmente a partir de finais de Março ou início de Abril e está presente no país até Agosto.

Mapas

Onde Observar

O rouxinol-grande-dos-caniços pode ser encontrado nas zonas húmidas de norte a sul do país, sendo mais fácil de observar na metade litoral, devido à maior disponibilidade de habitat.

 

Entre Douro e Minho – pouco abundante nesta região, observa-se por vezes no estuário do Minho.

 

Trás-os-Montes – raro nesta região, ocorre localmente junto a alguns açudes com vegetação emergente.

 

Litoral Centro –  é comum na ria de Aveiro, no paul da Madriz e no paul do Taipal (Baixo Mondego), podendo também ser visto no paul de Tornada e na lagoa de Óbidos.

 

Beira interior – pouco abundante, pode ser visto com regularidade na albufeira de Santa Maria de Aguiar e nalguns pequenos açudes da Beira Baixa.

 

Lisboa e Vale do Tejo – tem uma distribuição ampla nesta região, podendo ser visto nas lezírias da Ponta da Erva, nas salinas de Alverca, no paul da Barroca, na várzea de Loures,  no paul do Boquilobo, na lagoa de Albufeira e na região de Coruche.

 

Alentejo – distribui-se pela maior parte da região e ocorre em numerosos açudes e ribeiras; os melhores locais para o observar são: o estuário do Sado, a lagoa de Santo André e a zona de Elvas.

 

Algarve – em anos recentes esta espécie tem surgido em números muito reduzidos na região; existem observações no paul de Lagos, no paul da Lontreira, na foz do Almargem, no Ludo e no caniçal de Vilamoura.

 

Ligações externas