Esta espécie pertence à Ordem Passeriformes.

Este é um passeriforme da família das toutinegras bem adaptado aos habitats de altitude, não sendo supreendente encontrá-lo a cantar em locais inóspitos bem acima dos 1000 metros.

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Taxonomia

Ordem: Passeriformes
Família: Sylviidae
Género: Curruca
Espécie: Curruca communis (Latham, 1787)
Subespécies: 4

Em Portugal ocorre a subespécie nominal.

Identificação

Como características mais marcantes nesta espécie temos a cabeça cinzento-azulada e as terciárias arruivadas, no caso dos machos, que contrasta com a garganta pálida (faz lembrar uma versão grande da toutinegra-tomilheira). O olho amarelo destaca-se na coloração descrita. As fêmeas são quase uniformemente acastanhadas, com as partes inferiores mais pálidas.

Sons

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Abundância e Calendário

Em Portugal, trata-se de uma espécie típica de matos de altitude, sendo uma nidificante estival. Ocorre quase exclusivamente na metade norte do território, sendo o melhor período de observação nessa região entre Abril e Setembro. No final do Verão e princípio do Outono, esta espécie pode ser encontrada em locais distintos das zonas de nidificação, pois tratam-se de aves em migração.

Mapas

Onde Observar

O seu habitat preferido são os matagais e as pastagens de altitude com sebes e pequenos bosquetes com sub-coberto abundante.

 

Entre Douro e Minho – ocorre na serra da Peneda e na serra Amarela, assim como na serra de Arga e ainda no Corno de Bico e nas serras de Fafe.

 

Trás-os-Montes – presente em locais como as serras da Coroa, de Montesinho, do Alvão e do Larouco. Também pode ser encontrada na zona de Chaves e na serra do Gerês.

 

Litoral centro – ocorre sobretudo nas passagens migratórias, onde pode ser vista por exemplo na ria de Aveiro e no baixo Mondego. Na Primavera, embora rara, encontra-se na serra da Freita e nas serras de Sicó e Alvaiázere e muito localmente na zona de Estarreja.

 

Beira interior – um dos melhores locais de observação encontra-se na serra da Estrela, onde a espécie é muito comum; outros locais onde ocorre são a serra de Montemuro, a zona de Celorico da Beira, o planalto de Riba Côa, a região do Sabugal e a serra da Gardunha.

 

Lisboa e vale do Tejo – presente exclusivamente nas passagens migratórias, é frequente no estuário do Tejo (lezírias da Ponta da Erva) e junto ao cabo Espichel, ocorrendo também na serra da Arrábida.

 

Alentejo – dificilmente observável nesta região, poderá ser vista durante as passagens em locais como o estuário do Sado e o cabo Sardão.

 

Algarve – presente durante a Primavera na serra de Monchique, onde cria nas cotas mais elevadas. Na passagem outonal ocorre um pouco por toda a região, sendo a zona de Sagres, o cabo de São Vicente, a ria de Alvor, a ria Formosa e o sapal de Castro Marim alguns dos melhores locais para a observação durante essa época.