Trata-se de uma das espécies mais elegantes no voo, bastante ágil quando tenta capturar insectos junto à superfície de espelhos de água.
Taxonomia
Ordem: Charadriiformes
Família: Laridae
Género: Chlidonias
Espécie: Chlidonias niger (Linnaeus, 1758)
Subespécies: 2
Em Portugal ocorre a subespécie nominal.
Identificação
Como uma andorinha-do-mar de pequenas dimensões, apresenta plumagens distintas entre o Outono-Inverno e a Primavera. No primeiro caso, ostenta um capuz preto que não cobre os olhos, bico fino e escuro, branco da garganta até ao abdómen, e patas avermelhadas. O dorso é cinzento com os ombros escuros. Durante a Primavera apresenta uma vistosa plumagem negra que cobre a cabeça, a garganta, o peito e a barriga, contrastando com o cinzento-prateado do dorso e das asas. O bico e as patas são escuros nesta plumagem. Quando em voo, apresenta corpo escuro e asas pálidas nas partes inferiores e superiores. Pode ser confundida com a gaivina-d’asa-branca, especialmente em plumagem não nupcial.
Abundância e Calendário
Trata-se exclusivamente de um migrador de passagem, com algumas concentrações observáveis sobretudo entre Maio e Junho, e entre final de Agosto e Setembro. Ainda assim, é uma espécie de distribuição localizada e pouco comum e cuja abundância parece variar fortemente de ano para ano.
Mapas
Onde Observar
Devido às flutuações de abundância que se registam de ano para ano, a gaivina-preta pode ser relativamente frequente e fácil de encontrar em certos anos e estar praticamente ausente noutros anos.
Litoral Centro – tem sido registada a sua ocorrência na zona de Peniche. |
Beira interior – é bastante rara nesta região, mas conhece-se uma observação de um bando na albufeira de Santa Maria de Aguiar. |
Lisboa e Vale do Tejo – a melhor opção são os Arrozais da Giganta (Ponta da Erva), podendo também ser observada nas Marinhas da Atalaia, perto do Paul da Barroca, e no paul do Boquilobo. Em certos anos aparece em bons números na costa do Estoril. |
Alentejo – a gaivina-preta ocorre com regularidade na albufeira do Alqueva, na lagoa dos Patos e na lagoa de Santo André. |
Algarve – os melhores locais situam-se na reserva de Castro Marim, na lagoa dos Salgados e no Ludo, onde podem ocorrer concentrações elevadas durante as passagens migratórias. Ocasionalmente observa-se na Quinta do Lago, na lagoa das Dunas Douradas e na ria de Alvor. |