Esta espécie pertence à Ordem Charadriiformes.

Sendo uma gaivota muito abundante em Portugal, o guincho-comum não cativa geralmente a atenção dos ornitólogos. No entanto, quem observar esta espécie ao longo do ano notará que as aves se tornam mais atraentes a partir de Fevereiro ou Março, quando os adultos vestem o seu capuz cor de chocolate.

Estatuto de ameaça em Portugal:
Pouco preocupante

Taxonomia

Ordem: Charadriiformes
Família: Laridae
Género: Chroicocephalus
Espécie: Chroicocephalus ridibundus (Linnaeus, 1766)
A espécie é monotípica.

Identificação

É uma gaivota relativamente pequena. Por baixo é branca e por cima é prateada. As asas são cinzentas com um triângulo branco nas primárias. O bico e as patas são vermelhos. A partir de Março os adultos envergam a plumagem nupcial, facilmente reconhecível pelo capuz castanho, cor de chocolate. Pode formar bandos de centenas ou mesmo milhares de indivíduos e mistura-se frequentemente com outras espécies de gaivotas. Pode confundir-se com a gaivota-de-cabeça-preta, distinguindo-se desta última espécie pela ponta preta das asas e, quando em plumagem nupcial, pelo capuz castanho, e não preto.

Sons

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Abundância e Calendário

O guincho-comum ocorre em Portugal principalmente como invernante e pode ser observado sobretudo de Julho a Março. A partir do fim de Junho os primeiros adultos regressam, por vezes ainda em plumagem de Verão e em Julho aparecem os primeiros juvenis. Como nidificante é claramente raro, havendo registos isolados de nidificação nos estuários do Mondego e do Sado. Note-se que alguns indivíduos não reprodutores podem ser observados em Portugal durante a época de nidificação.

Mapas

Onde Observar

Esta pequena gaivota é uma espécie relativamente fácil de observar em Portugal. É mais abundante junto à faixa costeira, sendo particularmente numerosa nos grandes estuários.

 

Entre Douro e Minho – espécie facilmente observável nos estuários do Minho, do Lima e do Cávado, assim como no Cabedelo (estuário do Douro), onde é uma invernante comum.

 

Trás-os-Montes – por vezes ocorre na albufeira do Azibo e no vale do Douro, onde é uma invernante pouco frequente.

 

Litoral Centro – comum nesta região, sobretudo no estuário do Mondego, no baixo Mondego e na ria de Aveiro, assim como na lagoa de Óbidos, na baía de São Martinho do Porto e junto ao cabo Carvoeiro. Ocorre ainda, em pequenos números, na barrinha de Esmoriz.

 

Beira interior – ocorre regularmente em locais como as Portas de Ródão e a albufeira de Idanha.

 

Lisboa e Vale do Tejo – pode ser observada na cidade de Lisboa, sobretudo na zona ribeirinha e no vizinho Parque do Tejo. O estuário do Tejo alberga a maior população invernante, sendo facilmente avistada nesta zona. Também ocorre na lagoa de Albufeira e na foz do Sizandro, assim como na costa do Estoril. Ocasionalmente aparece no paul da Barroca.

 

Alentejo – espécie regularmente observada no litoral, sobretudo no estuário do Sado, na lagoa de Santo André e no estuário do Mira. No interior, é frequente nas albufeiras do Caia e do Alqueva, e na lagoa dos Patos, assim como nas albufeiras de Odivelas e de Montargil. Também pode ser vista no aterro sanitário de Beja.

 

Algarve – sendo bastante comum nesta região, a sua detecção é fácil em locais como o Ludo, a Quinta do Lago, a ria Formosa, a reserva de Castro Marim, o estuário do Arade, a ria de Alvor e o paul de Lagos. Na costa ocidental o melhor local é a Carrapateira.

 

Saber Mais

Partilhamos a gravação de uma conversa sobre o guincho, na qual falamos das recentes alterações taxonómicas, do habitat, da distribuição, da dimensão da população invernante e do estatuto como reprodutora em Portugal e Espanha. Abordamos também os movimentos migratórios e a origem das aves que vêm invernar ao nosso país.

 

Ligações externas