Esta espécie pertence à Ordem Cuculiformes.

O canto do cuco é talvez o mais conhecido de todos os que se podem ouvir no nosso território e anuncia a chegada da Primavera.

Sabe quando chegam os primeiros cucos-canoros?
Veja as datas aqui.

 

Taxonomia

Ordem: Cuculiformes
Família: Cuculidae
Género: Cuculus
Espécie: Cuculus canorus Linnaeus, 1758
Subespécies: 4

As populações que nidificam na Península Ibérica pertencem à subespécie C. c. bangsi. É possível que algumas aves da subespécie nominal atravessem o nosso país durante as suas migrações.

Identificação

O cuco-canoro é difícil de observar, sendo muito mais facilmente localizável pelo seu canto. Algo semelhante nas formas e dimensões ao gavião, possui a cabeça e pescoço cinzentos, donde sobressai o olho, orlado de amarelo. O peito e o abdómen são barrados e com fundo branco, sendo o dorso também cinzento como a cabeça. Este padrão cromático torna esta uma espécie de difícil detecção nas penumbras dos ambientes florestais que frequenta. Algumas fêmeas possuem uma muito característica tonalidade arruivada, a que se chama «fase hepática». Esta é,no entanto, bastante rara.

Sons

Para ouvir a vocalização do cuco-canoro, clique na seta abaixo!

Abundância e Calendário

O cuco-canoro é abundante e bem distribuído pelo território continental, mas parece ser especialmente numeroso no nordeste do país (Beira Alta e Trás-os-Montes). Ocorre sobretudo em zonas florestadas, perto de galerias rípicolas, nas imediações de pauis, montados, bosques, evitando as zonas de altitude, os matos densos e as zonas fortemente urbanizadas. A sua presença no nosso território é exclusivamente estival, podendo ser observado sobretudo entre Março e Julho.

Mapas

Onde Observar

A facilidade de observação do cuco-canoro é maior nas regiões do interior norte e centro, devido à maior abundância da espécie nessas zonas.

 

Entre Douro e Minho – observa-se junto às lagoas de Bertiandos e também na serra da Peneda.

 

Trás-os-Montes – os cucos podem ser observados facilmente na zona de Miranda do Douro e na serra da Coroa.

 

Litoral centro – pode ser observado na serra de Sicó, na serra de Aire e no paul de Tornada.

 

Beira interior – observa-se no planalto de Almeida/Vilar Formoso e na região de Celorico da Beira. Também ocorre na albufeira de Vilar e nas serras da Estrela e da Gardunha.

 

Lisboa e Vale do Tejo – pouco abundante nesta região, encontra-se na zona de Pancas (estuário do Tejo) e na serra da Arrábida.

 

Alentejo – pode ser visto junto à barragem da Póvoa, na zona de Alpalhão, nos montados de Arraiolos e da ribeira do Divor, no estuário do Sado e nos montados de Barrancos.

 

Algarve – o melhor local para procurar esta espécie na época reprodutora é a serra do Caldeirão, mas o cuco pode igualmente ser visto na serra de Monchique; durante as passagens migratórias também aparece junto à costa.

 

Saber Mais

A estratégia reprodutora do cuco, baseada no parasitismo, é simultaneamente malévola e fascinante. No nosso webinário “A estratégia parasita do cuco”, cuja gravação aqui partilhamos, apresentamos em detalhe o modus operandi desta espécie.

 

 

 

Ligações externas