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Bico-de-lacre
Estrilda astrild
Os bicos-de-lacre fazem-se muitas vezes notar pelo seu peculiar chamamento.
Quando o observador procura a origem do som, muitas vezes vê um conjunto de
“pontinhos” a passar a grande velocidade. Esta minúscula ave, originária de África,
foi uma das primeiras espécies de aves não nativas a estabelecerem uma população
selvagem em Portugal.

Identificação
Pequena ave granívora muito mais pequena que um pardal. Pode ser facilmente
reconhecida pelo espesso bico vermelho vivo, sendo esta a característica que mais
chama a atenção. Também a máscara, que se estende para trás do olho é de tom
vermelho vivo. O resto da plumagem é dominada pelo castanho nas partes
superiores e nas asas, ao passo que o ventre tem tons avermelhados.
Abundância e calendário
Introduzido na lagoa de Óbidos em 1968, o bico-de-lacre expandiu-se rapidamente
pelo território nacional e hoje encontra-se amplamente distribuído pelo nosso
território, sendo uma espécie relativamente comum. Parece ser mais frequente em
zonas de baixa altitude, em especial junto a zonas húmidas ou linhas de água com
vegetação densa, como caniçais e silvados. É assim mais abundante no sul que no
norte e mais comum no litoral que no interior, sendo raro ou estando ausente da
maior parte da Beira Interior e do nordeste transmontano.
O bico-de-lacre pode ser visto em Portugal durante todo o ano e nas zonas onde
ocorre não é raro encontrar bandos, que podem juntar desde meia dúzia até
algumas dezenas de indivíduos.

Clique na seta para ouvir as vocalizações do bico-de-lacre!
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Onde observar
Quase todas as zonas húmidas costeiras são boas para observar bicos-de-lacre.
 | | Trás-os-Montes – pouco abundante nesta região, ocorre essencialmente nas zonas de |
| | menor altitude; pode ser visto ao longo do rio Douro e também no vale do Tâmega, ate à zona de Chaves.
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 | | Beira interior – pouco abundante, pode ser visto nas zonas de menor altitude na Beira |
| | Baixa e mais localmente na Beira Alta (já foi visto na lagoa da Urgeiriça, na cidade de Viseu e também no rio Mondego, junto a Celorico da Beira).
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