Esta espécie pertence à Ordem Passeriformes.

O gaio é um dos «imitadores» que podemos encontrar entre as espécies da nossa avifauna, surpreendendo pela imensa capacidade de reproduzir outros sons.

 

Taxonomia

Ordem: Passeriformes
Família: Corvidae
Género: Garrulus
Espécie: Garrulus glandarius (Linnaeus, 1758)
Subespécies: 34

A taxonomia desta espécie é complexa. Em Portugal ocorrem aves do denominado grupo glandarius e, mais concretamente, a subespécie G. g. fasciatus. Algumas autoridades consideram a existência de uma outra subespécie, G. g. lusitanicus, a qual ocorreria no norte do país, mas esta não é considerada no total que aqui apresentamos.

Identificação

As penas azuis das asas são a característica mais fácil de detectar nesta espécie, pois contrastam bastante com a tonalidade acastanhada do dorso e peito. As asas possuem também um padrão preto-e-branco, tornando a combinação de cores muito visível quando se encontra em voo. O uropígio branco, a cauda preta e o bigode escuro completam as características mais marcantes deste corvídeo.

Sons

Para ouvir a vocalização do gaio, clique na seta abaixo!

Abundância e Calendário

O gaio encontra-se bem distribuído de norte a sul do território, sendo mais abundante na metade norte e no extremo sul. Frequenta sobretudo zonas florestais, mas também pode ser visto em meio urbano, desde que aí existam árvores grandes. Pode ser observado durante todo o ano, pois é uma espécie residente.

Mapas

Onde Observar

O gaio é uma espécie bastante vocal, sendo frequentemente ouvido e não visto devido aos seus hábitos florestais, sendo nestes meios que vale a pena procurar esta espécie.

 

Entre Douro e Minho – é frequente nas serras da Peneda, de Arga e do Gerês, encontrando-se também no Corno de Bico, nas lagoas de Bertiandos, no pinhal do Camarido (junto ao estuário do Minho) e em Guimarães.

 

Trás-os-Montes – espécie comum no Douro Internacional, especialmente em Miranda do Douro, assim como nas serras da Coroa e de Montesinho, e na serra da Nogueira. Também pode ser observada em Barca d’Alva.

 

Litoral centro – comum em locais como o pinhal de Mira e o pinhal de Leiria, assim como nas zonas florestadas da ria de Aveiro, por exemplo na zona de Salreu.

 

Beira interior – facilmente observado no Tejo Internacional e nas Portas de Ródão, assim como na zona do Sabugal. Também pode ser visto na serra da Estrela e na serra de Montemuro.

 

Lisboa e vale do Tejo – os melhores locais situam-se nas serras de Sintra e da Arrábida. Também se observa em Tomar, na serra de Montejunto, no cabeço de Montachique, nas zonas florestadas junto à lagoa de Albufeira e também na Mata da Machada. É ainda frequente na cidade de Lisboa, especialmente em Monsanto, sendo por vezes observado noutros parques durante o Verão.

 

Alentejo – embora pouco abundante, é observado em Nisa, em Castelo de Vide, na barragem da Póvoa, na zona de Marvão, na serra de Grândola e em Arraiolos, assim como nos montados de Cabeção e nas imediações da albufeira de Montargil. Ocorre igualmente no estuário do Sado. No sueste alentejano pode ser visto localmente junto a Mértola.

 

Algarve – trata-se de uma das melhores regiões para a observação desta espécie, que é relativamente comum na parte interior da região; pode ser visto na serra de Monchique, na serra do Caldeirão, na Rocha da Pena e no Espinhaço de Cão. Junto à costa é mais escasso, mas pode ser visto nos pinhais do Algarve central, nomeadamente junto às lagoas do Garrão e das Dunas Douradas; por vezes observam-se bandos em dispersão na zona de Sagres e junto ao cabo de São Vicente.

Saber Mais

Quer conhecer melhor o gaio? Então não deixe de ouvir a conversa cuja gravação aqui partilhamos. Falamos de uma das particularidades desta espécie, que é o seu curioso hábito de enterrar bolotas. Abordamos também o significado do nome científico, os movimentos irruptivos, as várias subespécies e o regime alimentar.

 

Ligações externas