Esta espécie pertence à Ordem Passeriformes.

São extraordinárias as combinações vocais que esta espécie consegue produzir, tornando o seu canto numa panóplia de sons das mais variadas na nossa avifauna.

Sabe quando chegam as primeiras felosas-poliglotas?
Veja as datas aqui.

 

Taxonomia

Ordem: Passeriformes
Família: Acrocephalidae
Género: Hippolais
Espécie: Hippolais polyglotta (Vieillot, 1817)
A espécie é monotípica.

Identificação

Felosa rechonchuda, de partes superiores cinzento-esverdeadas, e partes inferiores amareladas, bico bicolor, mais pálido na mandíbula inferior, e patas acastanhadas. Possui ainda uma pequena lista pálida entre o olho e o bico. A forma do bico, mais largo e robusto, e a dimensão corporal, permitem separar esta felosa da felosa-comum e da felosa-ibérica, às quais se assemelha em termos de coloração.

Sons

Para ouvir a vocalização da felosa-poliglota, clique na seta abaixo!

Abundância e Calendário

Relativamente comum ao longo do território, encontra-se bem distribuída de norte a sul, podendo ser localmente abundante. Esta é uma espécie estival, permanecendo no nosso território entre meados de Abril e Setembro, sendo os melhores meses de observação os de Maio e Junho.

Mapas

Onde Observar

 

Entre Douro e Minho – o melhor local de observação nesta região situa-se na serra de Arga. A espécie também pode ser vista na serra da Peneda, no estuário do Minho e nas lagoas de Bertiandos.

 

Trás-os-Montes – na zona de Miranda do Douro, esta é uma espécie relativamente abundante e onde vale a pena procurá-la.

 

Litoral centro – trata-se de uma espécie pouco abundante nesta zona, podendo ser observada em locais como a zona de Estarreja, os pinhais de Mira, a zona de Pombal, a serra de Alvaiázere, o paul da Madriz, a lagoa  de Óbidos e a zona de Peniche.

 

Beira interior – como locais indicados para a observação da felosa-poliglota temos a zona do Sabugal, a serra da Gardunha, o Tejo Internacional e ainda as albufeiras de Santa Maria de Aguiar e da Toulica.

 

Lisboa e vale do Tejo – a serra da Arrábida encontra-se entre os melhores locais de observação da espécie, assim como o estuário do Tejo na zona de Pancas.

 

Alentejo – ocorre praticamente em toda a região, com excepção dos terrenos mais abertos, sendo aconselhável a sua observação em locais como a ribeira do Divor, Arraiolos, Castelo de Vide e Mértola.

 

Algarve – esta espécie é particularmente comum na serra do Caldeirão, assim como em zonas de barrocal como a Fonte da Benémola. Ocorre também na ria de Alvor, na serra de Monchique e na serra de Espinhaço do Cão. Durante a passagem migratória, os melhores locais são Sagres e o Ludo.