Esta espécie pertence à Ordem Charadriiformes.

A silhueta totalmente branca dos adultos permite localizar facilmente estas gaivotas. Contudo, é no mês de Março, quando os adultos envergam a sua plumagem nupcial, que esta gaivota é especialmente atraente.

 

Taxonomia

Ordem: Charadriiformes
Família: Laridae
Género: Ichthyaetus
Espécie: Ichthyaetus melanocephalus (Temminck, 1820)
A espécie é monotípica.

Identificação

Quando em voo, distingue-se por ser a única gaivota regular no nosso território sem primárias escuras(quando em plumagem de adulto). Durante o Inverno, apresenta um pequeno capucho de penas escuras atrás do olho, bico vermelho e grosso e patas vermelhas. Na Primavera e no Verão, a cabeça torna-se preta, criando um forte contraste fantástico com o bico vermelho. Os juvenis e os imaturos desta gaivota de tamanho médio são mais difíceis de distinguir. Enquanto os juvenis possuem uma característica barra alar preta e uma mancha que envolve o olho, os imaturos são de um branco quase tão puro como os adultos, possuindo apenas algumas penas escuras na ponta das asas.

Abundância e Calendário

A gaivota-de-cabeça-preta é uma espécie costeira, que é localmente abundante no litoral sul do território, escasseando mais para norte. Pode formar concentrações localizadas de alguns milhares. Ocorre sobretudo perto da costa, podendo ser também vista em alguns estuários, embora em menor quantidade. Aglomera-se no final de tarde em torno de fontes de água doce, onde se banha. Apresenta-se como uma espécie invernante, cujo melhor período de observação decorre entre Outubro e inicio de Março, contudo também é possível observá-la durante o Verão.

Mapas

Onde Observar

Sendo esta uma espécie de hábitos pelágicos, apenas vem a terra ao final da tarde. A melhor altura para observar esta espécie será assim de manhã cedo e ao fim da tarde, especialmente durante a baixa-mar.

 

Entre Douro e Minho – pouco frequente nesta região, a gaivota-de-cabeça-preta ocorre sobretudo no estuário do Cávado, podendo também ser observada no estuário do Douro.

 

Litoral centro – pouco habitual nesta porção da costa portuguesa, existem registos na lagoa de Óbidos, no porto de Peniche e junto à barra de Aveiro.

 

Lisboa e vale do Tejo – os melhores locais de observação situam-se nas praias da costa do Estoril, na Ericeira e na foz do Sizandro, assim como frente ao cabo Raso. Por vezes a espécie aparece na lagoa de Albifeira e no porto de Sesimbra. Também pode ser observada no estuário do Tejo, concretamente na baía do Seixal, sobretudo durante o Verão.

 

Alentejo – o melhor local para observar esta espécie no Alentejo é o estuário do Mira. O estuário do Sado é outro local de ocorrência regular.  A espécie também ocorre na lagoa de Santo André e na zona de Porto Covo, embora mais raramente.

 

Algarve – nesta região ocorre sobretudo no Verão e no Outono e observa-se habitualmente em locais como a reserva de Castro Marim, as salinas de Olhão, a ria de Alvor e o cabo de Santa Maria (ria Formosa).  Por vezes também aparece na foz do Almargem, na lagoa dos Salgados e na Quinta do Lago. Esporadicamente pode ser vista na Carrapateira.

 

Ligações externas