Esta espécie pertence à Ordem Anseriformes.

Pode causar espanto aos menos informados a presença de patos no mar, ainda para mais totalmente negros. Contudo, esta ocorrência não é anormal e observam-se bandos de dimensões consideráveis em alimentação no mar. É especialmente atraente a coloração do bico dos machos, contrastando com a restante plumagem.

 

Taxonomia

Ordem: Anseriformes
Família: Anatidae
Género: Melanitta
Espécie: Melanitta nigra (Linnaeus, 1758)
A espécie é monotípica.

Identificação

Os machos desta espécie são completamente negros, com o bico amarelado e umas pequenas protuberâncias na base do mesmo. As fêmeas, apesar de aparentarem ser escuras ao longe, são de um tom mais acastanhado com as faces pálidas. No entanto, a combinação da cor muito escura, da forma em voo em tudo idêntica aos outros patos e do habitat das observações (ambiente marinho) facilita a identificação desta espécie. Os bandos são facilmente visíveis a partir de terra.

Abundância e Calendário

Este pato marinho é comum na metade norte da faixa costeira, sendo menos abundante na metade sul. Está sobretudo associado a águas de baixa profundidade, em frente a praias arenosas. Pode formar bandos de dimensões apreciáveis, em torno das centenas de aves, junto à rebentação. Como espécie invernante, ocorre entre Setembro e Março, sendo mais abundante durante os meses de Inverno.

Mapas

Onde Observar

Durante o Inverno, esta espécie ocorre nas zonas litorais, pousando no mar para lá de rebentação, o que pode dificultar a observação desta espécie caso não se eleja um ponto alto de observação. Nas passagens, é possível observar a partir de promontórios.

 

Entre Douro e Minho – a partir da foz do Cávado, e frente ao litoral de Esposende, é possível observar o pato-preto, pois ocorre com regularidade nesta região. Outro local onde se regista regularmente a presença é frente ao estuário do Minho.

 

Litoral centro – é a melhor região para ver esta espécie. Os melhores locais para a sua observação são a Praia da Torreira, a Praia do Furadouro/Ovar e as Praias de Mira e Tocha, onde ocorrem bandos durante o Outono e Inverno. Ocasionalmente penetra na ria de Aveiro. Nas passagens, são regulares os avistamentos em frente ao cabo Carvoeiro. Ocasionalmente a espécie observa-se na baía de São Martinho do Porto.

 

Lisboa e vale do Tejo – um dos melhores locais de observação situa-se no cabo Raso, onde o pato-preto ocorre com regularidade em passagem. Também no cabo Espichel se pode observar esta espécie.

 

Algarve – o cabo de São Vicente e a ponta da Piedade são dois bons locais de observação da passagem outonal desta espécie.

 

Documentação

Ficha do pato-preto (negrola) no Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal (edição 2005)

Ficha do pato-preto no Plano Sectorial da Rede Natura 2000

Atlas das Aves Marinhas – Melanitta nigra

Ligações externas